O Atlético é um dos 10 clubes que foram sorteados pela CBF para ir à Copa da Rússia, com tudo pago, assistir aos jogos da primeira fase. Os 27 presidentes de federações estaduais também entraram na barca extremamente generosa da entidade com a cartolagem dos clubes. Programaço, hein?
Agora, em se tratando do Furacão, não espero nada além do que a negativa. Sim, é a única resposta coerente para um clube que é tremendamente crítico com a CBF. Postura que, aliás, eu não poderia concordar mais. Algo corajoso e raro entre os times brasileiros.
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São diversos os exemplos. Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Rubro-Negro, Paulo André, zagueiro do clube, e Paulo Autuori, ex-diretor do Atlético, não cansam de bater na organização que rege o futebol nacional. Quase sempre, com razão.
Em 2017, por exemplo, Petraglia disse à Folha de São Paulo que o futebol brasileiro estava um “lixo”. Que a força da CBF no calendário da Globo “liquidou os clubes”. Que o presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, hoje afastado, não tem credibilidade. E que a única saída é uma Liga.
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Paulo André, dos mais politizados atletas do futebol nacional, também está sempre afiado. No final do ano passado, protestou quando a CBF tentou, de forma “intempestiva”, segundo o atleta, incluir o árbitro de vídeo no Brasileirão. Só posso concordar.
Por fim, Paulo Autuori, atualmente no Fluminense, era uma máquina de críticas ao poder central da bola. Quando técnico e diretor de futebol do Furacão, protestou contra gramado, horários, calendário e até a falta de papel higiênico no estádio do Arruda, revolta esta que não poderia ser mais urgente.
Na terça-feira (27) pela manhã, a reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com o Atlético sobre a posição do clube quanto ao convite da CBF. Até a publicação deste texto não tivemos resposta. Em todo o caso, não há outra alternativa que não seja agradecer, e negar.
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