Albari Rosa/Gazeta do Povo
Todos estavam torcendo pelo Brasil no futebol feminino na Olimpíada. De uma forma geral, é um esporte carente no país e uma medalha de ouro seria a chance de obter um pouco mais de visibilidade e, pouco provável, apoio.
As meninas também são carismáticas, lutadoras e têm Marta como um exemplo e craque inquestionável. É impossível ficar indiferente e não desejar o melhor resultado possível.
Entretanto, faltou bola para a seleção. Somando quartas e semis, contra Austrália e Suécia, respectivamente, o Brasil passou 240 minutos sem marcar um golzinho sequer com a bola rolando.
Pior ainda. Contra adversárias que só se defenderam. A Suécia, aliás, armou a mesma retranca que surtiu efeito contra as americanas, na eliminatória anterior. Totalmente previsível. E nem assim o Brasil vingou, caiu nos pênaltis.
O que se viu do time brasileiro foi excesso de individualismo, precipitação e pobreza técnica. Mais na base da pressão do que do jogo coletivo foram criadas inúmeras oportunidades e ninguém foi capaz de concluir.
É preciso considerar ainda que essa seleção conta com apoio razoável da CBF. Ou seja, não tem desculpa. As meninas lutaram, mas isso é o mínimo que se espera. Por falta de competência, o Brasil fica mais uma vez sem o ouro olímpico.
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