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Grama sintética do Atlético, não pode. Jogar em pasto, a CBF permite

Jonathan Campos/Gazeta do Povo (Foto: )
Jonathan Campos/Gazeta do Povo

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E eu que achei que a polêmica sobre o gramado sintético da Arena já estava superada. Eis que, veja só, após sugestão de Eurico Miranda, os clubes decidiram banir o piso artificial do Brasileiro. Quinze votaram a favor e cinco contra. Vale para 2018.

É, sem dúvida alguma, um escracho. Ou, como dizem por aí, todo dia um 7 a 1 diferente. Eurico Miranda é o presidente do Vasco e, logo, tem poder constituído. Agora, convenhamos, fosse um futebol sério, ninguém daria mais bola para o que o cartolão fala.

Como de costume, a justificativa é amparada no “achismo”. Os clubes acreditam que o Atlético tem “vantagem técnica”. E pensam isso por quê? Basicamente, porque o Furacão fez excelente campanha em casa no Nacional.

Agora, o que temos de científico sobre o assunto? O certificado da Fifa que, após análise técnica do piso, apontou que a diferença para os gramados naturais é insignificante. Jogar na Arena é tão diferente como atuar na Vila Belmiro ou no Serra Dourada, por exemplo.

Há ainda outra posição que, naturalmente, não foi levada em conta: a dos jogadores e treinadores. Boa parte, nas incansáveis perguntas sobre o gramado da Baixada após os jogos, disse que o piso artificial não é problema.

O veto é extremamente grave considerando ainda o nível dos gramados do Brasileiro. Há para todos os tipos, gostos e, quem sabe, “sabores”. Muitos em péssimas condições, como o do campeão brasileiro Palmeiras, por causa dos shows realizados no Allianz Parque.

O gramado de Flamengo e Botafogo foi outro destaque negativo. Na Arena da Ilha, partidas de primeira divisão nacional, de um país cinco vezes campeão mundial, foram disputados em cenário digno de suburbana, com todo o respeito ao futebol amador.

É evidente que há um descompasso absurdo. Fosse uma medida para padronizar os pisos de todos os estádios, e transformar os campos de jogo em mesas de sinuca, como são na Inglaterra, ainda vá lá. Não é o caso. O nivelamento é por baixo.

Enfim, não surpreende. Quando a discussão sobre o futebol brasileiro conta com Eurico Miranda no debate, o resultado não poderia ser diferente. E assim vamos em frente, torcendo para que uma nova Alemanha não apareça no caminho.

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