Com Tabata Viapiana
Condenado pelo juiz Sérgio Moro a nove anos de prisão, em primeira instância, o futuro político de Luis Inácio Lula da Silva passa, curiosamente, pelas mãos de dois torcedores ferrenhos do Coritiba: os juízes João Pedro Gebran Neto e Edson Fachin.
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O curitibano Gebran Neto é quem analisará o recurso dos advogados de defesa de Lula, em segunda instância. O coxa-branca e desembargador federal é o relator da Lava Jato na 8.ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4).
Pela lei complementar da Ficha Limpa (135 de 2010), nenhum político pode se candidatar em caso de condenação no segundo grau de jurisdição. Por isso a importância do coxa-branca para o destino político do ex-presidente.
“Coxa-branca, proprietário de cadeira, meu pai foi diretor do Coritiba. Sou coxa desde pequeno, vou ao jogo. Gosto de futebol. Recentemente, ainda brinquei, só não podem falar mal do meu cabelo e do Coritiba”, comentou o magistrado, sobre a relação com o clube.
Ouça a declaração do juiz coxa-branca
Fachin, por sua vez, é ministro do Superior Tribunal Federal (STF) e o atual relator da Lava Jato no órgão, a última instância processual para o caso. O também curitibano, 59 anos, já fez da paixão pelo Alviverde até motivo de debate entre os ministros em Brasília.
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