Não durou nem dois meses a temporada 2017 para Paulo César Carpegiani no Coritiba. Os resultados medianos no Estadual e a desclassificação vexatória na Copa do Brasil derrubaram o gaúcho no Alto da Glória.
Entrevistado pela rádio Transamérica nesta terça-feira (28), Carpegiani resumiu da seguinte forma a atual situação no Alviverde: “Primeiro, acho uma falta de convicção. Eu não tinha muita vontade da renovação, mas foi insistido e eu acabei renovando”
Em seguida, Carpegiani faz outra declaração forte: “Financeiramente, o Coritiba poderia ter se privado disso, não precisava ter renovado comigo. Agora vai ter que tirar do bolso um dinheiro desnecessário. O grande prejudicado foi o próprio Coritiba”.
De fato, o acerto para a permanência do treinador no Couto Pereira foi um tanto confuso, pra não dizer, curioso. Carpa não queria permanecer. E, aparentemente, o Coxa também não fazia tanta questão. Eis que, o técnico ficou.
E o que inicia sem convicção alguma não poderia mesmo dar certo. Firmeza anda em falta no Coritiba. A começar pelo ano passado, quando o clube sonhou com a Sul-Americana, após a épica classificação diante do Belgrano”, para, mais tarde, desprezar uma nova vaga.
Aliás, até hoje ninguém entendeu direito o que o Coxa pretendeu no final do Brasileiro. Trocou uma nova empreitada internacional por um acerto de férias com os jogadores? Por causa de uma semana a mais de descanso que poderia, eventualmente, ser administrada em 2017?
Agora, a grande demonstração de falta de convicção foi a contratação de Ronaldinho Gaúcho. A ideia que saiu da cabeça do novo funcionário Juliano Belletti virou um monstro e engoliu o início de ano do Coxa. E R10, ficou claro, nunca esteve próximo de vestir o manto do Coxa.
Ainda há tempo. A temporada está apenas no começo. O Paranaense segue em ponto morto e o Brasileiro é uma caminhada longa. No entanto, o Coxa precisa escolher, enfim, qual rumo quer tomar. E seguir até o fim.