A proibição do gramado sintético da Arena fez reviver a rivalidade entre Eurico Miranda e Mario Celso Petraglia. Dois dos dirigentes mais polêmicos do futebol brasileiro, ambos se detestam. E não escondem isso de ninguém.
Foi o Vasco, do presidente Eurico, que levantou a proposta de barrar o piso artificial do Furacão. Curiosamente, os cariocas nem experimentaram o recurso, afinal, passaram 2016 suando na Série B.
A “tese” de Miranda é que o sintético cria um “desnível técnico”. Balela. O Atlético sempre foi forte em casa desde que inaugurou a Arena. Os números comprovam. A diferença da Baixada é a mesma do campo da Vila Belmiro, de São Januário, do Itaquerão…
Se o veto não foi uma represália direta ao Atlético, como Petraglia insinuou, certamente o Vasco de Eurico não tem a menor simpatia pelo Rubro-Negro. Há um desentendimento histórico entre os cartolas.
Desavença que viveu seu ápice em 2004. E as circunstâncias são obscuras até hoje. Há quem jure que Petraglia e Eurico saíram no tapa numa reunião do Clube dos 13, por causa da distribuição de cotas da TV. Não há confirmação.
O fato é que o clima pesado entre os dois só piorou desde então. Naquele mesmo ano o vascaíno armou para cima do Atlético. Em jogo decisivo para as pretensões do bicampeonato do Rubro-Negro no Brasileiro.
Eu estava lá em São Januário, na cobertura do jogo. Nunca vi nada igual. Foi um inferno na Terra. Um estádio socado de gente (ingresso quase de graça) e 10 mil pessoas forçando a entrada do lado de fora. Teve muito mais.
Desde então, os dois bateram boca várias vezes. Da última vez, após o jogo que selou o rebaixamento do Vasco, em 2013, na goleada por 5 a 1 do Atlético, em Joinville. Confronto marcado pelo episódio de violência nas arquibancadas.
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