A seleção melhorou, Tite é um técnico inteligente, o torcedor reconquistou o prazer de acompanhar o Brasil… aí vem o Superior Tribunal de Justiça Desportiva e nos joga na cara o porquê de sermos o país do 7 a 1. Verdadeira usina de papagaiadas, o tribunal caprichou ao punir o Grêmio por causa da “invasão” de campo da filha de Renato Gaúcho, técnico do clube.
A decisão de tirar o mando de jogo do Tricolor na final da Copa do Brasil é tão ridícula que deixa margem para as mais diversas interpretações. Como comentou o colega de redação Daniel Zanella, o STJD tem meta de audiência? Ou é uma manobra para desviar atenção de algum outro julgamento importante? Estaria em curso uma “Mega Conspiração Colorada”? É pegadinha?
Sim, porque não há ninguém em sã consciência capaz de justificar tamanho acinte. Sim, eu sei, há 99,9% de chances de a medida acabar revertida em última instância. Mesmo assim, não dá para conceber. É um escracho, atitude que distrai dos preparativos para a finalíssima entre Grêmio e Atlético-MG e desgasta a todos.
Não há dúvida que o clube gaúcho errou ao permitir a entrada de Carol Portaluppi ao campo de jogo. Há ainda a “justificativa” que o Grêmio é reincidente. Apesar disso tudo, uma multa estaria de bom tamanho. Apenas o óbvio e proporcional, certo? E, no mais, a cena do abraço de pai e filha na comemoração da vaga para a decisão foi até bonita.
Pela enésima vez, o STJD mostra como é uma entidade arcaica, que faz mal ao futebol. Como boa parte dos tribunais esportivos, um conjunto de apadrinhados políticos que, nas horas vagas, fazem de tudo para defender seus clubes do coração e, aparentemente, aparecer mais do que clubes e jogadores. Em tempos de modernização do esporte, chega.
ATENÇÃO: Não demorou nada e começaram a surgir pesados comentários machistas. Portanto, caso você goste do debate, e eu incentivo a discussão sempre, respire fundo.
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