Existem mais pessoas pobres nos Estados Unidos que na China, segundo o mais recente relatório sobre riqueza mundial do Credit Suisse.
O autor do artigo da Forbes que analisa o relatório – Tim Worsts, do Instituto Adam Smith -, diz que apesar de o documento detalhar apenas os números da América do Norte inteira, os valores populacionais dos outros países, como Canadá e México seriam irrelevantes e dão a entender que os EUA teriam mais pessoas pobres que a potência asiática. Leia o artigo da Forbes.
Para efeito do relatório, a China é considerada uma única região.
Com um nível razoável de precisão, segundo o Credit Suisse, pode-se dizer que, na China, não há ninguém nos 10% inferiores de pobreza mundial (note como, no gráfico abaixo, a faixa amarela à esquerda é estreita).
Por sua vez, na América do Norte estão 10% das pessoas que se enquadram na linha de pobreza (a faixa azul à esquerda) e 30% das que se enquadram na categoria mais rica (a faixa azul à direita do gráfico).
Na Europa, os números são 20% das mais pobres do mundo (a parte mais à esquerda da faixa azul piscina) e 35% das mais ricas (a parte mais à direita da faixa azul clara).
Considerando que América do Norte e Europa são (ainda) muito mais ricos que a China, o que estaria acontecendo?
Segundo o analista da Forbes, isso não seria fruto da desigualdade na Europa e nos Estados Unidos, mas o fato de que o relatório se baseia em riqueza da população e não em renda.
Isto é: riqueza líquida, em que se subtrai as dívidas dos ativos totais.
Muito embora, na minha opinião, estar endividado é uma maneira de estar aprisionado e, de fato, estar muito pobre. Ousaria dizer até mesmo em termos existenciais.
Mas isso é apenas minha opinião.
Leia sobre isso neste artigo genial do meu amigo Alex Castro.
Fazendo as contas, o relatório conclui que para estar na metade mais rica da população, basta que seus créditos menos os seus débitos resultem em ao menos US$ 3000.
Se seu patrimônio menos suas dívidas somar US$ 70 mil, você está nos 10% mais ricos do mundo.
E, se você não tem dívidas e tem US$ 10 no bolso, segundo os números levantados pelo Credit Suisse e segundo os critérios adotados, você tem mais riqueza que 10% dos estadunidenses.
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