“Dinha, que saudades que eu tô com você!”

• 0

Saudações!

Minha vida é cercada de crianças! Filhos, filhos do coração, sobrinhos e afilhados.

Para mim, eles são como as fagulhas que cintilam na varinha de condão das fadas! Aquele brilho serelepe, lépido e fagueiro que confere magia à vida da gente!

Magia esta manifesta pelas risadas, “tiradas” únicas e aqueles comentários que a gente guarda no coração… Lindos pelas lições que nos oportunizam aprender!

Davi por Danielle Lourenço

Um desses ensinamentos que ficarão gravados na minha alma para sempre, veio do meu afilhado Davi, de 5 anos. Ele mora em outro estado e temos apenas algumas (poucas) chances de estarmos juntos. A despeito disso, não estamos longe! Nos fazemos presentes um na vida do outro com muita frequência! Trocamos áudios, vídeos e muitas figurinhas no Whatsapp! De quando em quando, envio um miminho pelo correio e encontramos assim uma forma de convivermos porque quem ama desconhece a palavra distância!

Em um dos seus áudios, Davi disse assim: “Dinha, que saudades que eu tô com você! Tá tudo bem ai?”

Na hora que eu ouvi, achei fofa a mensagem e o erro de concordância. Depois ouvi de novo e compreendi a beleza daquele ensinamento!

Saudades com você, significa uma saudade compartilhada, dividida e gostosa, daquelas que permite sonhar junto. É aquela saudade que encontra eco no outro coração! Aquela saudade do presente e também do futuro, porque permite fazer planos! Uma saudade cheia de concretude e perspectiva!

A forma costumeira de expressar “ saudades de”, começou a me parecer mais dolorida e como se fosse uma vontade inatingível… Algo que é meu mas que nunca mais terei! Um estranho paradoxo!

Aquela saudade que é “tipo” uma dor no coração de quem amou muito! Aquela saudade que mora no passado e que se mantém viva somente pelas boas lembranças. Saudades de Nena, minha avó amada que virou estrelinha no céu, saudades dos meus filhos pequenos e balbuciando as primeiras palavras, saudades dos amigos que perdi no meio do caminho, saudades de pedaços da Dani que se quebraram na estrada da vida, saudades de amores perdidos e ilusões vividas.

Davi, meu pequeno príncipe, deu-me esse presente: A compreensão das duas faces da saudade!

Minha querida leitora amiga! Meu querido leitor amigo! Eu sei que você tem um monte de “saudades de” e por isso, cabe-me desejar um montão de “saudades com”!

Aproveite está deixa e conecte-se as suas “saudades com”. Ligue para aquela amiga dos tempos de infância, programe uma tarde especial com seus pais, busque seu amigo para uma tarde de gammers, chame seu companheiro para tomar um vinho… Faça planos com quem você ama e, juntos, concretize-os! Nada mais gostoso do que ter alguém (ou “alguéns”) para sentir saudades com!

E para você Davi, só quero deixar registrado: Que saudades com você que a dinha também sente! Eu te amo!

“Eu e minha dinha na praia” por Davi Hoepfner

Um beijo,

Dani