Não consigo resistir às vieiras. Quem consegue? Até tenho um post no blog antigo, “As delicadíssimas vieiras”, que é um dos mais acessados de lá até hoje.
E o que fazer quando elas são bem grandes, muito maiores que aquelas do nosso dia-a-dia, mesmo as importadas por nossas peixarias curitibanas? Citei-as no post que fiz sobre a Rue Mouffetard aqui no blog, atraentes e tentadoras. E o resultado foi o jantar de hoje, em casa, tudo da forma mais simples possível, para poder sentir o real sabor dos ingredientes naturais (porque tem isso também: não adianta ter vieiras magníficas, enormes, se chegarem mergulhadas em molho e molho, como fazem alguns restaurantes até bem conceituados de Curitiba com as massas servidas).
A ideia era uma coisa bem simples, com sabores locais. E como Paris é um festival de aromas e sabores, nada mais propício do que começar com uma salada de mâche, folhas curtas e arredondadas, que lembram, na forma, a rúcula, mas que são bem mais tenras e delicadas (no Mercado Municipal de Curitiba às vezes se encontram na banca do Mário).
Depois da salada, enquanto as vieiras se preparavam na bancada, o acompanhamento: Bavette com cogumelos na manteiga. Tudo muito simples. A massa cozida no tempo recomendado pela embalagem, escoltada por um molho feito com o refogado das échalotes (por que não se encontra disso no Brasil, um sabor delicado e incomparável?), com o cogumelo Paris fatiado. Na manteiga, claro, com um toquezinho de azeite de oliva.
Quanto às vieiras, nenhum mistério. Depois de passar na água, bem secas com papel-toalha. Uma pitadinha de sal moído na hora (se tivesse flor de sal para por depois seria o ideal) e na frigideira, com um nadinha de manteiga, em fogo forte (força de expressão, pois os fogões aqui são todos elétricos). Tostadas por 3 minutos de um lado, mais 2 de outro e tudo bem, prontas para consumo.
O vinho que nos acompanhou também veio da Mouffe, de uma loja especializada na comercialização de produtos de pequenos produtores. Nada do que conhecemos no Brasil, portanto. Trata-se de um Valençay, Domaine André Fouassier Vielles Vignes 2010, um corte de sauvignon blanc e chardonnay na medida para harmonizar com o adocicado dos crustáceos.
E ainda tinha um Marrom Glacê glaceado de sobremesa.
Tudo de bom!
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