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Novo nome do Shopping Total é só uma das mudanças previstas

Nova fachada do Shopping Total, que agora é Ventura Shopping. (foto? Marcelo Andrade/Gazeta do Povo) (Foto: )

Flávia Silveira, especial para a Gazeta do Povo

O Shopping Total agora é Ventura Shopping de Descontos, mudança que marca a nova fase do empreendimento desde que foi leiloado, em fevereiro de 2017. Por R$ 144 milhões, o estabelecimento foi arrematado pelo Diamante Fundo de Investimento Imobiliário, formado pelos grupos Tacla e JCR, o primeiro com vasta experiência com shoppings centers, e o segundo administrador do Porto de Pontal.

Logo que adquiriram o imóvel, os dois grupos se reuniram para traçar um projeto de revitalização, e o primeiro passo era tornar mais fluída a movimentação dos clientes pelo shopping, melhorando o acesso às lojas. Para isso, durante seis meses foi feita a reforma em um dos setores, o Verde, com a abertura de corredores mais amplos e um novo projeto de iluminação. “Investimos na construção de um novo mall dentro das características dos outros empreendimentos do grupo, para torna-lo mais atraente”, conta Hário Tieppo, superintendente do shopping.

O Grupo Tacla é responsável por shoppings centers no Paraná, em Santa Catarina e em São Paulo. Entre eles, estão os shoppings Palladium Curitiba, Palladium Ponta Grossa, Catuaí Palladium Foz, Itajaí Shopping (SC) e o Shopping Cidade (Sorocaba, SP). O grupo também está construindo um novo shopping de Curitiba, o Jockey Plaza, com previsão de inauguração para os primeiros meses de 2019.

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novos corredores do ventura shopping, antigo total

Setor Verde do Ventura Shopping, que ganhou corredores largos para melhorar a circulação no empreendimento. (Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)

Novas obras devem ser realizadas no Ventura, com previsão de finalização completa do projeto para o final de 2019. Não devem ser mudanças tão significativas como estas já feitas, adianta Tieppo, mas sim adequações visando melhoras não só nas estruturas, mas também em equipamentos que resguardem a segurança dos clientes.

O Diamante não revela quanto já foi investido e nem a previsão final dos investimentos. “O fundo está em uma situação de constante investimento no projeto desde o início do ano passado, e ainda devem vir muitos outros. Então prefere não divulgar um número diretamente”, explica Tieppo.

A mudança de nome e as reformas vêm como forma de ajudar que o cliente identifique que claramente há algo de novo acontecendo. “São novos empresários por trás, um novo grupo com uma postura profissional elevada. O nome escolhido também indica para estes novos caminhos”, considera Tieppo. Ventura vem do latim e significa “boa sorte, afortunado”.

O processo de mudança da marca também contemplou as demais mídias (site e redes sociais), papelaria, troca de uniformes e mudança nas placas de comunicação no shopping, no estacionamento e nas áreas externas.

Apesar da nova cara, o foco do Ventura é manter-se como principal shopping de descontos da cidade, à exemplo do Total, entendido pelo grupo como um diferencial e um posicionamento bastante atraente para os clientes. “Porém, queremos subir o padrão, aliando conforto e qualidade. O benefício para o cliente é ter tudo isso em um local, e ainda ter os preços reduzidos”, aponta o executivo.

Há novidades também no mix de lojas do shopping, com abertura de novas lojas voltadas a serviços, como a instalação de uma nova Farmácia Nissei e livrarias. “Já estamos negociando com novos possíveis locadores, também na linha de serviços”, conta Tieppo. Em produtos, entre as novidades estão a inauguração da Bumerang Brinquedos e da Ella’s Cosméticos. Atualmente, são mais de 200 lojas operando no Ventura.

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O Ventura também segue contando com lojas âncoras como Americanas, Havan e Casa China. Na praça de alimentação são 16 restaurantes, entre eles Burger King e Mc Donald’s.

O shopping também abrigará a Faculdade de Tecnologia de Curitiba (Fatec), que começa a funcionar no prédio em 2019. Para Tioppe, o contrato firmado traz só vantagens para as duas partes: para o shopping, a faculdade trará um público jovem, exigente e formador de opinião movimentando seus corredores; para a faculdade, o shopping oferece um imóvel seguro, com estrutura como praça de alimentação e estacionamento, bem localizado e próximo de seu público alvo.

Entenda as mudanças no Shopping Total

Ocupado pelo Shopping Total desde 1997, o imóvel pertencia à massa falida da Hermes Macedo S/A. No local, antes funcionava um centro de distribuição da antiga HM, que teve sua falência decretada naquele mesmo ano.

O Total pagava aluguel à massa falida até novembro de 2014, quando o espaço foi leiloado pela primeira vez, sendo arrematado pela G2 Consult, empresa paulista que tinha ligação com os antigos donos do Total, Michel Gelhorn e Eduardo Bekin.

Nesta primeira ocasião, a G2 se comprometeu a pagar o lance mínimo de R$ 120 milhões, com 20% do valor de entrada e o restante parcelado em 48 meses. Mas deu calote, pagou apenas a entrada, a primeira parcela e metade da segunda.

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Assim que arrematou o imóvel, a G2, ligada aos antigos donos do Total, considerou o contrato como encerrado e imediatamente parou de pagar aluguel à massa falida da Hermes Macedo. Porém, naquele momento a G2 ainda não tinha a posse efetiva do bem, que dependia de um documento que foi emitido apenas em janeiro de 2016, quando a empresa terminou de pagar o ITBI, imposto municipal cobrado na transferência do imóvel. O valor devido chegou próximo a R$ 2 milhões.

Em outubro de 2016, a justiça anulou o leilão de 2014. Após dois novos leilões sem interessados, em novembro do mesmo ano a massa falida da HM retomou a posse do imóvel. Foi só em fevereiro de 2017 que o fundo Diamante arrematou o imóvel em lance único de R$ 144 milhões. O valor foi pago com uma entrada de 20% e o restante em 60 parcelas, como previsto em edital.

Segundo o regulamento do fundo, seu prazo de duração é de dez anos, automaticamente prorrogados por cinco anos se não houver contrariedade dos cotistas em assembleia. Administrado pelo Banco Modal, que tem sede no Rio de Janeiro, o Diamante tem como “imóveis-alvo” aqueles destinados à renda, “incluindo, mas não se limitando, a shoppings centers, malls, prédios comerciais, estacionamentos, lojas e galpões, a serem construídos, em fase de construção ou já construídos”, diz o documento.

Localizado no Portão, o imóvel do Ventura soma 77 mil metros quadrados de área construída, com 23 mil metros quadrados de área bruta locável. O shopping recebe, por mês, cerca de 600 mil visitantes.

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