Flávia Silveira, especial para a Gazeta do Povo
O Paraná vai receber as primeiras lojas da rede de frango frito KFC ainda em 2018. Serão quatro unidades inauguradas em Curitiba, nos shoppings Palladium, Mueller, Estação e Curitiba. A abertura faz parte de um ofensivo plano de expansão da rede americana, que pretende chegar, até 2027, a 500 lojas no Brasil – 120 até 2019. Entre investimentos próprios e de franqueados, foram R$ 40 milhões só em 2018. A estreia da marca por aqui tem a ver com os novos planos de expansão da rede, que teve a operação brasileira comprada pelo empresário Carlos Wizard Martins em janeiro deste ano.
Curitibano que viveu por 40 anos na cidade, o executivo responsável pela expansão da KFC, Ildefonso de Castro Deus, conta que a expectativa é alta para a vinda da marca à capital paranaense. “O curitibano é exigente e tem um paladar apurado, e vimos que é um público que já conhece nossa marca. Percebemos que quando chegamos a um mercado que já tem informações sobre nosso produto, conhecem de fora do país, por exemplo, o resultado é mais rápido e muito melhor”, diz.
Por enquanto, a entrada no Paraná se restringe à Curitiba. Além dos quatro shoppings mencionados, a KFC também está de olho no Park Shopping Barigui e no Jockey Plaza, que deve ser inaugurado em 2019. A ida para o interior deve ficar para daqui três ou quatro anos, segundo o executivo, e Londrina deve ser a primeira cidade a ter uma loja, e, dependendo dos resultados, deve ser seguida por Cascavel e Maringá, todas com mais de 250 mil habitantes. “O foco da expansão é este, estar nas principais capitais do país. Feito isso, partimos para o interior dos estados”, explica Ildefonso.
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Todas as lojas curitibanas seguirão o modelo “small box”, voltado para shoppings center, espaços com 50m² a 60m², que, segundo o executivo, foi o formato encontrado que melhor se encaixou ao mercado brasileiro. “Desde 2012, a KFC começou a apostar no small box e os resultados foram excepcionais. Houve um tempo de maturação, aprendendo e entendendo com o público brasileiro, e agora é este formato que queremos expandir”, conta.
Plano de expansão da KFC é ambicioso: 50 novos pontos por ano
Este novo momento da KFC se inicia pouco após a holding Sforza assumir a frente da rede, em junho. Em janeiro, a operação brasileira foi comprada por Carlos Wizard Martins, que também adquiriu a Pizza Hut, ambas até então propriedade do grupo Yum! Brands.
Para alcançar a meta de 500 novas lojas, a KFC deve abrir 50 lojas por ano: cinco próprias e 45 franqueadas. Para as franquias, a holding busca grupos de investidores que tenham capacidade financeira e operacional para implantarem ao menos cinco unidades em três anos.
Cada franquia sair por volta de R$ 2 milhões e a operação, segundo Ildefonso, é bastante complexa, o que explique porque a marca busca investidores estabelecidos e que garantam a qualidade do produto. “Tudo é produzido dentro da loja. O frango é marinado, empanado, frito e servido fresco, uma operação bastante complexa para um fast-food. Por isso, além da parte financeira, precisamos de pessoas focadas no negócio”, explica o executivo.
Os franqueados passam por um treinamento intensivo de 90 dias e o prazo de retorno do investimento fica entre 30 e 36 meses.
Também devido à complexidade da operação, o grupo descarta a possibilidade de criar formatos compactos, como, por exemplo, quiosques em shoppings. Mas além do small box, a rede vai apostar, a partir de 2019, em um novo modelo de restaurante de rua, com drive-thru e delivery, com 250m². “Os restaurantes de rua abrem a possibilidade de abrirmos lojas fora do centro das cidades, com foco em delivery”, conta o executivo.
Além de Curitiba, a KFC também entra nos mercados de Porto Alegre e Brasília em 2018. Atualmente, a rede possui unidades nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Ceará e Pernambuco. No mundo, está presente em 125 países, com mais de 20 mil restaurantes.
O carro-chefe da casa é o balde de frango, disponível em duas versões: “Crocante” e “Receita Secreta”, esta última criada pelo fundador da marca, Coronel Sanders, e mantida trancada em um cofre em Louisville, no Kentucky (EUA). Além das tiras de peito de frango ou pedaços fritos, também são servidos sanduíches, milk-shakes e sobremesas.