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Homem, jovem e curitibano. Estudo traça perfil das startups do Paraná

Confira o perfil das startups do Paraná. Foto: Ana Gabriella Amorim/Gazeta do Povo (Foto: )

Um homem na casa dos 30 e morando em Curitiba. Este é o perfil de que predomina entre os fundadores de startups no estado do Paraná. O estudo inédito Paraná Mining Report, realizado pelo Distrito, mapeou 199 startups de 25 segmentos, em todo o estado do Paraná, e inclui instituições que potencializam o ecossistema, como coworkings e aceleradoras.

O mapeamento mostra um ecossistema jovem, diverso e ainda muito focado na capial. Curitiba e região concentram dois terços das startups paranaenses. No Norte do estado, as regiões de Londrina e Maringá, somadas, representam 14,9% do total.

O boom de criação de startups começou em 2012, e acelerou até atingir um ápice, no ano de 2015. Oito em cada dez startups mapeadas surgiram na última década.fint

O número de funcionários progride de forma gradual, conforme a idade da empresa aumenta. O movimento é dentro do esperado — conforme se estruturam, as companhias têm maior necessidade de contratar — e segue a seguinte lógica:

10 funcionários – empresas de 0 a 2 anos

15 funcionários – empresas de 3 a 5 anos

21 funcionários – empresas de 6 a 10 anos

25 funcionários – empresas de 11 a 15 anos

84 funcionários – empresas com mais de 15 anos

O curioso é que o faturamento não segue a mesma lógica. Há um decréscimo inicial na proporção de empresas que estão na base da pirâmide (faturam menos de R$ 360 mil no ano), que caem de 78,9% do total no primeiro grupo (até 2 anos de existência) para 57,5% no terceiro segmento (entre 6 e 10 anos).

Mas a proporção das que faturam menos volta a crescer, quando se leva em conta o grupo que vem logo a seguir, de startups criadas entre 11 e 15 anos atrás. Destas, 80% faturam menos de R$ 360 mil. Além disso, nenhuma startup com este perfil, um pouco mais antiga, passou dos R$ 30 milhões anuais. Patamar que já foi atingido por empresas mais novas, que têm de 3 a 10 anos de estrada.

Homens e jovens

Em média, cada startup paranaense têm 2,4 sócios. A maioria são homens — as mulheres representam pouco mais de um quarto — e jovens. A faixa etária dos 26 aos 35 anos é a mais representativa (42,8%). Somados aos que são ainda mais novos (4,5% têm menos de 25 anos), são quase metade dos fundadores.

Por outro lado, é curioso notar que quase um décimo dos “founders”, 8,1% do total, têm mais de 56 anos.

O peso do marketing

O estudo Paraná Mining Report trabalhou com uma combinação de modelagem e estatística e regras de negócio para estimar o faturamento das startups, já que muitas delas não divulgam o dado ou publicam balanços financeiros.

O destaque ficou com as startups do setor de marketing. Ainda que numerosas (foram registradas 22 empresas com este perfil), as chamadas AdTechs registraram a maior média de faturamento anual, na casa dos R$ 230 mil. Startups como Hariken, Leadlovers e Pólen estão nesta lista.

Chama atenção o setor de LawTechs, único em que as empresas que faturam menos (até R$ 360 mil) não são as mais numerosas. Além disso, mais de um quarto das startups do Direito já faturam acima de R$ 5 milhões por ano. No setor de marketing, por exemplo, apenas um décimo das startups chegou a esta marca. A média deste grupo é a segunda maior — R$ 216 mil anuais.

Já no segmento de fintechs, que concentra algumas das startups mais notáveis da cidade (como Ebanx, Contabilizei, BoletoBancário.com e BCredi), o faturamento médio é um pouco menor, de R$ 87 mil. Por outro lado, é neste grupo, das startups do setor bancário, que se encontra a maior proporção de empresas “graúdas”. Quase um décimo (7,6%) das fintechs paranaenses faturam acima de R$ 30 milhões.

Setores

O estudo elencou 25 setores diferentes em que as startups se enquadram. O mais numeroso é o de T.I. (31 empresas), seguido das AdTechs, do segmento de marketing (22). Como se dividem as startups do Paraná, por setor:

31 – T.I.;
22 – AdTech (marketing);
19 – Serviços;
15 – Fintech (setor bancário);
13 – HealthTech (saúde);
12 – Indústria 4.0; LegalTech (Direito)
9 – ConstruTech (contrução civil); Edtech (educação);
7 – Gestão de negócios
5 – AgriTech (agronegócio); BioTech (biotecnologia); Negócios Sociais; RetailTech (varejo);
Menos de 5 – Autotech (automóveis); Esportes; Cadeia de Suprimentos; Entretenimento; Pet; Imobiliário; Rede Social; Mobilidade; Recursos Humanos; Turismo.

Ecossistema

Além de elencar 199 startups, o Paraná Mining Report mapeou outros atores do chamado ecossistema de inovação. O estudo encontrou, no Paraná, 9 aceleradoras (para startups já consolidadas, que precisam alavancar seus negócios), 7 incubadoras (voltadas para empresas que estão saindo do papel) e 14 espaços de inovação. Foram detectados 10 investidores institucionais.

O número de fundadores de startups passa de 500.

Mais informações

O estudo Paraná Tech Report foi realizado com base em mais de 7 mil registros de batches de aceleradoras, dados abertos e notícias de portais, entrevistas com empreendedores e profissionais do setor.

A realização da pesquisa é do Distrito Spark CWB, um hub de inovação que congrega startups, corporações e investidores, proporcionando conexões entre estas diferentes pontas do ecossistema de inovação.

Confira o estudo completo aqui.

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