A Copel abriu as portas para jovens universitários e empreendedores interessados em buscar soluções para os desafios do setor elétrico. Em parceria com PUCPR e a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), a companhia lançou na última semana o programa de criação e aceleração de startups Copel+.
Baseado no conceito de inovação aberta, o programa vai selecionar projetos de estudantes universitários que tragam soluções para o mercado de energia. O pacote de aceleração para as startups que já possuem seu MVP (mínimo produto viável) inclui formação para os futuros empreendedores, metodologia de ensino, estrutura para prototipagem de ideias e inserção no mercado. Os melhores projetos terão acesso a um fundo de investimentos em pesquisa e desenvolvimento de até R$ 10 milhões.
“Ideias inovadoras com potencial para reinventar o setor elétrico é o que buscamos ao abrir as portas da Copel para jovens empreendedores que já têm a inovação correndo nas veias”, explica o diretor da Copel Distribuição, Antonio Guetter.
Dentre as oportunidades do mercado de energia, Guetter destaca as mudanças trazidas pelo “crescimento das fontes limpas de geração e das novas tecnologias para gerar e transportar a eletricidade, que estão revolucionando o modo como usamos e compartilhamos a energia”.
O Copel + foi formatado como um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D), sob regulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel. O programa começou no fim de 2017, atraindo startups já consolidadas no mercado para trabalhar em parceria com a Copel. Uma das soluções selecionadas, por exemplo, foi uma tecnologia para serviços de inspeção de monitoramento de linhas de transmissão por meio de drones, da Aerometrics Tecnologia.
Nesta segunda etapa, o foco do programa é desenvolver startups a partir de ideias embrionárias, especialmente de estudantes universitários de qualquer nível, da graduação ao doutorado. A PUCPR e o Sistema Fiep cederão os laboratórios e profissionais necessários para desenvolver a metodologia de educação empreendedora junto aos estudantes selecionados.
Como funciona
Para participar do Copel+ não é preciso ter uma ideia pronta ou um time formado. Tanto o projeto quanto o time poderão ser montados ao longo do programa, que é dividido em três fases eliminatórias: concepção (dura três meses e é 100% online), desenvolvimento (semipresencial) e aceleração do negócio (dura seis meses e é presencial).
Assim que se inscreve, o estudante tem acesso à plataforma digital do programa. Ali ele percorrerá um caminho de aprendizado de métodos e técnicas para gerar ideias, desenvolver conceitos, validar propostas e transformar produtos em inovações. O objetivo é estruturar as startups a partir da plataforma.
Ao final de cada etapa, a Copel selecionará startups que possam se beneficiar de projetos de pesquisa nos moldes do programa P&D da Aneel. Duas startups serão selecionadas para a fase de aceleração, etapa a partir da qual poderão ter acesso a um fundo de pesquisa e desenvolvimento, no valor total de R$ 10 milhões. É nesta fase que as novas startups terão a oportunidade de interagir com outras já consolidadas no mercado.
Além de ajudar os empreendedores a montar um projeto, a Copel também vai fazer a ponte com institutos de ciência e tecnologia interessados em parcerias.
As inscrições vão até 31 de março de 2019 pelo site www.copelmais.com.
