Foto: Divulgação
Como nasceu o Porks?
A partir do modelo do Mr. Hoppy. Avaliei que era possível criar uma nova marca, usando a experiência positiva do Mr. Hoppy, com outra proteína. Se no Mr. Hoppy servimos hambúrguer e chope, voltei minha atenção para o porco. Uma proteína que vinha ganhando espaço no país, que estava sendo usada pelos chefs de cozinha, como o premiado chef Jefferson Rueda, na Casa do Porco. Usamos a mesma motivação, com um novo apelo. Abrimos a primeira casa em Belo Horizonte, já que a cultura do mineiro é bastante aderente ao porco. Deu certo. Trouxemos para Curitiba e estamos levando para o Brasil. Está dando certo.
As marcas Mr. Hoppy e Porks tornaram-se franquias. Como é esse modelo?
Nosso modelo é inédito no país. É um modelo curitibano que está se tornando exemplo. O que fizemos foi desburocratizar a franquia. Ou seja, não controlamos o faturamento do franqueado para cobrar royalties, que é uma taxa fixa de R$ 5 mil reais/mês. Com isso, tiramos um possível impeditivo de comunicação e briga entre as partes, além de deixarmos o processo mais barato. Afinal, não precisamos de sistemas específicos para receber dados de faturamento para controlar o franqueado. Outra mudança é a não cobrança de taxa de marketing. Damos suporte ao franqueado por meio de consultoria e ele tem uma agência homologada que desenvolve a padronização. Mas, o recurso a ser gasto com canais e campanhas é decidido pelo empresário, na ponta. Ele conhece sua região e seu público para saber se é melhor investir em mídias sociais ou carro de som. Afinal, cada lugar possui sua cultura e respeitamos essa questão. Outro diferencial é que não amarramos o franqueado com fornecedores específicos. Eu vou para cada nova região e desenvolvo os fornecedores conforme os padrões de qualidade da marca. Assim, as lojas têm produtos frescos, não investimos em logística de deslocamento dos produtos, e incentivamos a produção local. Essa estratégia facilita a operação e damos força ao conceito do Mr. Hoppy que é de incentivar a econômica regional. Chope local e hambúrguer artesanal. Nacional, mas com incentivo local. Todas essas diferenças nos fazem manter a qualidade e preços competitivos, além de nos aproximar do franqueado.
O Mr. Hoppy e o Porks estão em expansão. Como ele é desenhado e o que está planejado?
Hoje o Mr. Hoppy tem 19 operações em funcionamento – Joinvile/SC, Curitiba (nove casas) e Foz do Iguaçu (PR), São Caetano e Mogi das Cruzes/SP, Belo Horizonte/MG (duas casas), Goiânia/GO, Recife/PE (duas casas), João Pessoa (PA) – e outras cinco já vendidas – duas em Curitiba, Camboriú e Meia Praia/SC e Santo André/SP – que deverão entrar em funcionamento até o final de março. O Porks tem quatro casas em funcionamento – duas em Curitiba e duas em Belo Horizonte – e três vendidas – Porto Alegre/RS, São Paulo/SP e Piracicaba/SP. Nossa meta são 15 novas operações do Porks até o final de 2019. Levamos de 90 a 120 dias para concluir o processo e participo da escolha do ponto ao treinamento da equipe.
Sobre investimento, faturamento e retorno, qual é a perspectiva das operações?
Ambas as casas têm números muito parecidos. No Mr. Hoppy o investimento inicial é de R$ 150 mil, com faturamento médio mensal de R$ 120 mil e payback entre 8 e 15 meses. No Porks o investimento inicial é de R$ 140 mil, faturamento médio mensal de R$ 120 mil e payback também de 8 a 15 meses. A taxa de lucratividade em ambos os negócios varia de 15 a 25%.
Um dos apelos fortes do marketing são os produtos vendidos a R$ 10. Como você chegou nessa estratégia?
Com o aprendizado do Quermesse e o desenho do Mr. Hoppy em um modelo mais simples de operação, também queria que o consumidor entendesse que ele pode se divertir e consumir com qualidade a um preço acessível. Se no Quermesse um prato é dividido, trabalhamos no Mr. Hoppy e no Porks já com a porção individual. No marketing funciona bem o 10zão. Além de termos um giro interessante no negócio.
Novos projetos no horizonte?
Sim, tenho. Estou viajando aos EUA para fazer pesquisa para uma nova proposta na área de gastronomia. Percebi que há espaço e estou em busca de informações e trabalhando no desenvolvimento.
Foto: E. Costa / Gazeta do Povo