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Empresa de Curitiba cria soluções que ajudam companhias a “caçar” devedores

Paulo Gastão, CEO da PGMais. Foto: Divulgação (Foto: )

Cobrar devedores é uma tarefa inglória. Não é à toa que muitas companhias terceirizam essa atividade para empresas especializadas em correr atrás dos inadimplentes. Ao entrar neste mercado, contudo, a curitibana PGMais adotou uma estratégia diferente. A empresa não sai de porta em porta em busca deles, mas desenvolve soluções tecnológicas que ajudam as companhias a encontrá-los mais facilmente, aumentando o índice de sucesso da cobrança e reduzindo custos.

A PGMais nasceu em 2010 como uma empresa de soluções para o mercado de crédito e cobranças. Na prática, o negócio criado pelo empresário curitibano Paulo Gastão começou em um espaço de 30 metros quadrados com cinco funcionários imprimindo cartas de cobrança para enviar aos devedores de um único cliente. Prestes a completar nove anos, a empresa tem hoje 170 colaboradores.

Nesse período, o negócio da empresa também cresceu. Gastão faz questão de ressaltar que a PGMais não é uma empresa de cobrança. “Somos uma empresa de tecnologia que cria soluções para estreitar o relacionamento das companhias com os seus clientes, inclusive na área de cobrança, que foi onde começamos”.

Para atender melhor ao mercado, a PGMais lançou duas spinoffs: a Soft Inova, para desenvolver melhor o relacionamento no mercado de pesquisas, SAC e vendas, e a Kankei, para potencializar o mercado de crédito e cobrança. Só nesta área, a empresa curitibana superou recentemente a marca de seis bilhões de contatos feito com devedores, seja por meio de carta, e-mail, SMS, chat, smart message, URA e Whatsapp.

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A plataforma da PGMais tem, ao todo, cerca de 20 produtos diferentes que podem ser combinados pelas empresas para chegar até o seu público alvo, dependendo do objetivo. No caso dos canais de cobrança, por exemplo, a empresa garante que a efetividade do contato permite uma economia de 10% a 40%. “As companhias gastam muito tempo e dinheiro tentando contato com os devedores sem sucesso algum”, afirma Gastão.

Um dos últimos investimentos realizados na plataforma pela PGMais foi a inclusão do serviço de inteligência artificial cognitiva Kami, que amplia os canais de relacionamento do cliente ao mês mesmo tempo em que reduz a quantidade de pessoas em funções repetitivas. A PGMais investiu R$ 5 milhões no projeto e planejadobrar esse valor nos próximos dois anos.

A plataforma utiliza uma tecnologia própria de processamento de linguagem e possibilita o uso do Watson, sistema cognitivo da IBM e qualquer outra inteligência do mundo como a Cortana, da Microsoft, a Siri, da Apple, a Alexa, da Amazon e o Google Now, do Google. “Buscamos uma solução que interagisse com o consumidor por diversos canais, ou seja, que se adaptasse às necessidades das empresas, com um atendimento rápido e humanizado”, explica Gastão.

Inteligência para potencializar o uso da tecnologia

Segundo ele, a chave do sucesso neste mercado de relacionamento com o cliente não é a tecnologia, mas a inteligência por trás dela. Existe uma série de variáveis que as empresas precisam entender e combinar para melhorar relação com o cliente. Idade, o horário e o canal de contato, o comportamento digital e o comportamento de pagamento dele são apenas algumas delas.

Gastão explica que são 12 perfis de comportamento diferente do cliente e oito canais diferentes para utilizar e combinar. Antes, contudo, é fundamental conhecê-lo.

“Quanto mais dados e informações a empresa tiver sobre o cliente, mais efetivo é o sucesso do relacionamento. Mas é preciso conhecimento e sabedoria para usar essas informações corretamente e se conectar com menor custo”.

Curitibana e com sedes em mais três capitais – São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre – a PGMais atende empresas de todo o país e está firmando parcerias com duas empresas que devem ampliar a sua área de atuação para fora do Brasil , a norte-americana Equifax e a brasileira Movile, dona do iFood.

Em 2018, o faturamento chegou a R$ 65 milhões. Neste ano, a projeção é aumentar a cifra em 20%, mesmo porcentual que a empresa destina anualmente a inovação e desenvolvimento de novos produtos para suprir as demandas dos 13 segmentos em que atua, entre eles,  bancário, varejo, educacional, planos de saúde e seguradoras.

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