O Facebook sabe muito da sua vida online. Claro, nem precisa de mais explicação. O que talvez você não saiba é que a rede social também te conhece offline. Uma investigação da página jornalística ProPublica (uma redação sem fins lucrativos sediada em Nova York) desvenda pelo menos uma parte de como isso é feito.
É bem possível que Mark Zuckerberg saiba, por exemplo, qual é seu salário, onde você costuma jantar e quais são os cartões de crédito que você usa. E isso pode ser usado para te tornar um alvo dos anúncios publicitários que o site exibe.
De acordo com a ProPublica, a rede social não usa apenas aquelas informações que você fornece ao fazer o cadastro e interagir com as páginas de interesse. O Facebook também tem parceria com uma série de empresas que levantam dados pessoais para fins de revendê-los (informações como aquelas deixadas sempre que você usa cartão de crédito, por exemplo).
O site vasculhou 29 mil categorias de interesse que são oferecidas para um anunciante escolher na hora de anunciar no Facebook. Enquanto a maioria leva em conta os cliques que damos nas redes sociais, cerca de 600 delas, diz a ProPublica, são definidas com base em informações obtidas por terceiros.
“A página do Facebook que explica como os anúncios são mostrados diz que a companhia consegue as informações ‘por algumas diferentes fontes’. O que o site não diz é que estas fontes incluem dossiês completos obtidos de empresas de dados sobre a vida offline dos usuários. O Facebook também não mostra as informações que são adquiridas com estas empresas”, escreveu o ProPublica.
“Eles não estão sendo honestos”, disse ao site Jeffrey Chester, diretor executivo do Center for Digital Democracy. “O Facebook está usando uma dúzia de diferentes empresas de dados para mirar em consumidores individuais, e estes indivíduos deveriam ter acesso a estes dados”.
Para a revista de tecnologia Technology Review, do MIT, esse tipo de estratégia torna o modelo de negócio publicitário do Facebook bem mais eficiente. “Bem melhor do que simplesmente saber que alguém clicou em uma fanpage de gastronomia é saber o quanto essa pessoa ganha anualmente ou saber em que tipo de loja ela costuma fazer suas compras”, destacou a publicação.
Em resposta ao artigo da ProPublica, o Facebook disse que não divulga quais informações foram coletadas por terceiros porque elas não foram “levantadas pelo Facebook”. Além disso, Steve Satterfield, gerente de privacidade da rede social, aconselhou aos usuários interessado em saber quais são os dados usados procurar especificamente estas empresas.
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