Se os sindicatos brasileiros realmente se preocupassem com os trabalhadores, não sairiam às ruas contra as reformas ou o ajuste fiscal.
Defenderiam radicalmente a reforma da Previdência, pois os trabalhadores mais pobres pagam proporcionalmente uma parte maior de sua renda ao INSS e correm o risco de não ter nenhuma aposentadoria no futuro.
Se os sindicatos brasileiros realmente se preocupassem com os trabalhadores, seriam obcecados pelo aumento da produtividade, a verdadeira força capaz de elevar o teto dos salários e enriquecer os países.
Entenderiam que é a lei da oferta e procura, e não leis de salário mínimo, que aumentam o piso dos salários.
Defenderiam com entusiasmo a entrada de capital estrangeiro, a segurança jurídica para investimentos e a estabilidade de regras, para aumentar a quantidade e qualidade das vagas de trabalho no país.
Lutariam pelo fim do FGTS, esse confisco travestido de direito, que por décadas mordeu o salário dos trabalhadores e os remunerou a uma taxa vergonhosa, muito abaixo da inflação.
Jamais apoiariam políticos que criaram a pior situação possível para os pobres: a maior recessão da história, que provocou o fechamento de 3 milhões de vagas e obrigou os brasileiros a se sujeitarem a salários menores.
Pressionariam o governo para controlar gastos e conter a inflação, que corrói o poder de compra dos assalariados.
Concentrariam energias em assessorar os trabalhadores com melhores contratos de trabalho, planos de saúde e cursos de qualificação.
Se os mais de 15 mil sindicatos que existem no Brasil realmente se preocupassem com os trabalhadores, defenderiam o fim da CLT, a mais bem-sucedida política de exclusão dos pobres do mercado formal de trabalho.
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