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Infelizmente, os dados econômicos do Rio de Janeiro continuam a destoar do resto do país. Enquanto o resto do Brasil já está há algum tempo no processo de recuperação econômica, no Rio isso não acontece. Se pegarmos os dados de emprego com carteira nos últimos 12 meses, no Brasil foram criados mais de 180 mil empregos novos, que não existiam antes. Já no Rio, o número de empregos caiu em mais de 38 mil postos de trabalho. Aliás, não fosse o Rio de Janeiro, o Brasil teria criado mais de 220 mil empregos. O que chama a atenção é que isso não acontece por acaso. Se usarmos a estimativa da Firjan, enquanto o PIB do Brasil cresceu 1% no ano passado, o do Rio contraiu 1%. Isso está acontecendo porque o Rio de Janeiro viu não apenas problemas de corrupção ainda mais graves do que no resto do país, mas o que é pior: políticas populistas desconexas que quebraram completamente o estado. Em particular, mais da metade dos aposentados do setor público do Rio se aposentaram com menos de 50 anos de idade e recebendo o salário integral. O resultado é que as contas públicas ficaram em frangalhos, a capacidade das políticas públicas foi a zero — e isso acarreta problemas na educação e segurança, por exemplo — e uma economia que está demorando muito mais para conseguir sair da crise. É um alerta para essas eleições, para não cairmos no conto do vigário dos candidatos que prometem coisas que não são factíveis.

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