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O uso dos porquês

O uso dos porquês na língua portuguesa não tem segredo. Basta entender quais palavras formam as expressões. Mais do que decorar que um é para pergunta e outro é para resposta, é essencial saber que PORQUE é uma conjunção explicativa, ou seja, serve para explicar ou responder algo e pode ser substituído por POIS. Toda vez que a substituição for possível, é sinal de que a palavra PORQUE (tudo junto) deve ser usada. Veja o exemplo:

Não fui à aula porque (=pois) perdi a hora.

Quando essa mesma palavra for usada com acento (PORQUÊ), ela é um substantivo, o que significa que pode ser também substituída por outro substantivo com mesmo significado, como RAZÃO, MOTIVO ou CAUSA. Veja:

O governo não explicou o porquê (=motivo/ razão/ causa) de tanta corrupção.

Já na palavra separada, temos uma expressão formada por uma preposição (POR) e por um pronome (QUE). Ou seja, POR QUE será usado quando a sentença exigir essas duas classes. Uma forma bem fácil de fazer isso é, de novo, a substituição, pelas expressões pelo qual/pela qual/ por qual/ por quais etc. Ainda poderá ser substituído pelas expressões por qual razão/ por qual motivo, vai depender da frase! Atente para os exemplos:

Os bombeiros não sabem explicar por que (=por qual razão/ por qual motivo) o incêndio começou.

Ninguém disse por que (=por qual) razão a Defesa Civil liberou os alvarás.

O processo corre em segredo de justiça, motivo por que (=pelo qual) a imprensa não tem divulgado informações.

Quando utilizado no fim das frases, o POR QUÊ deverá ser utilizado. A explicação para seu uso no início, meio ou fim da frase é a mesma! A única diferença é o acento que surge quando a palavra estiver no fim da sentença.

Por que as aulas foram suspensas?

Ninguém explicou por quê (=por qual razão/ por qual motivo).

 

Lembre-se: se tiver alguma dúvida, mande para nosso blog e nós a responderemos nos próximos posts.

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