A cantora Alana Rox ministra um workshop de culinária vegana e funcional no dia 28 de junho, um sábado, lá no Ecoville. Serão três horas de curso (começa às 10h30), onde os inscritos vão cozinhar junto com Alana, entre outras receitas, pães, brownie, tortinhas e biomassa de banana verde. Ela garante que são preparos super rápidos e que mais do que receitas, os participantes vão aprender “a alquimia dos ingredientes”, para que possam criar suas próprias receitas em casa. “Eu ensino a potencializar a biodisponibilidade dos alimentos. Qual ingrediente unido a qual vai fazer com que ambos sejam absorvidos melhor pelo organismo. Então a partir das receitas que eu ensinar, conseguirão criar muitas outras, sem limite para a criatividade de cada um. Gosto de desmistificar a culinária. Não existe dificuldade, existe falta de vontade”. As inscrições são através do e-mail menufitgourmet@gmail.com, com a Camile Fiuza Pacheco, organizadora do evento, e sai por R$ 250 por pessoa.
Para quem usa o Instagram, Alana está por lá como @theveggievoice, onde posta diariamente suas invenções na cozinha e dicas de beleza. Ela preza por uma alimentação livre de toxinas e usa ingredientes naturais: muitas verduras e legumes; açúcar e óleo, só de coco; sal é o rosa do Himalaia. Em abril, ela escreveu em uma postagem do Instagram: “Criei este Instagram porque conhecimento compartilhado é conhecimento multiplicado, amplificado e aprendo também. Saber sozinha é solidão. E me faz sofrer ver pessoas doentes por falta de informação. Tento facilitar e aliviar a busca, pois pra mim foi difícil encontrar respostas”. Mesmo não a conhecendo, vejo que é generosa ao repassar informação, uma característica tão difícil de encontrar por aí. E sabe o quê? A gente nasceu na mesma cidade. Achei uma coincidência muito boa. 😉
Conversei com a Alana por e-mail e divido com vocês nosso papo:
Você é vegetariana desde que nasceu. Quando e por que resolveu adotar a dieta vegana e funcional?
Mesmo sendo vegetariana, consumia produtos industrializados, lactose, glúten e açúcar de vez em quando. Mas sempre tive muita enxaqueca, rinite, alergias e refluxo. Desde sempre estudei sobre nutrição e fisiologia para provar em casa que não precisava da carne. Meus pais são onívoros e nunca entenderam por que eu não comia. Me levavam a médicos e eu lia tudo que eu podia sobre o assunto. Comecei a pesquisar sobre os venenos silenciosos nos alimentos e pensar: por que eu preciso disso na minha vida? Fui cortando e meu organismo respondendo positivamente a tudo. Conversei muito com médicos atualizados, nutrólogos e nutricionistas competentes e fui entrando cada vez mais na alimentação funcional. Hoje minha alimentação é 100% natural e funcional.
Como foi o seu início na cozinha?
Minha mãe nunca me deixou entrar na cozinha, nem para fazer pipoca. Mas desde que mudei sozinha para São Paulo, há 9 anos, minha alimentação restrita e diferente para os padrões da maioria das pessoas, me obrigou a ir desenvolvendo uma habilidade que eu não sabia que eu tinha. Comecei a desenvolver meus próprios leites, farinhas e a partir deles, fazer meus pães, bolos e a reproduzir da forma funcional tudo que eu tinha vontade de comer: brigadeiro, brownie, pão de queijo, pizza, etc. Como sou artista, a parte estética da receita é importante pra mim: deve ser bonita além de gostosa. Uma receita pra mim deve satisfazer todos os sentidos: visão, paladar, olfato, tato e até a audição. Por isso sempre coloco uma música para me inspirar. Não deve somente matar a fome, mas cada refeição deve ser uma experiência. Não mereço menos que isso.
Com que frequência você cozinha? E de quanto em quanto tempo você testa coisas novas? Muita coisa dá errado no começo?
Cozinho todos os dias. Mesmo viajando, acabo ficando amiga do pessoal da cozinha e quando percebo, estou fazendo alguma coisinha. Deixou de ser uma necessidade, virou um prazer e até mesmo uma terapia. Por que vou comer um bolo de chocolate na padaria que vai me fazer mal, se eu posso fazer um mais gostoso em casa em 5 minutos e me fazer bem? A parte que mais gosto é criar as receitas. Dificilmente repito alguma. No início é claro que muita coisa dá errado. Mas esse processo é necessário pra que você vá entendendo a alquimia dos ingredientes e como eles funcionam entre eles. Dou as dicas pra quem me segue, justamente para esse processo ser mais rápido.
Existe alguma dificuldade para executar as receitas? Alguns ingredientes, como açúcar de coco, por exemplo, são bem mais caros. Isso limita a cozinha funcional?
Dificuldade talvez apenas para algumas pessoas encontrarem os ingredientes. A cada cidade que eu vou, saio para investigar os produtos locais. Diferente do que muitos acham, as cidades mais distantes e de interior são os lugares onde mais encontro variedade, preço bom e claro, orgânicos. Acho linhaça, chia, farinha de arroz, em todo lugar que vou. Quanto a valores, isso é muito relativo. O açúcar de coco, por exemplo, é mais caro, custa uns R$ 30. Mas ele vai durar o mês inteiro. Remédio é bem mais caro e saúde não tem preço! Ninguém reclama de pagar 30 reais em cerveja no bar, mas reclama de pagar pelo que garantirá a saúde. Não reclama de pagar 100 reais num creme pro rosto, mas esquece que a beleza estética vem de dentro pra fora, não de fora pra dentro. Muita coisa pode parecer distante da realidade da população, mas fazer um litro de leite de gergelim com 9 vezes mais cálcio que o leite de vaca (e ainda com o magnésio que o tornará biodisponível) custa muito menos que 1 litro de leite animal.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS
Deixe sua opinião