Quando falamos de corte da carne de cordeiro, automaticamente o carré é o mais lembrado. Apesar de ser o mais famoso, ele não é o único. Nos supermercados e em casas especializadas é possível encontrar cortes diferentes de pernil, paleta e lombo, costela e até mesmo picanha e o T-Bone (corte similar ao da bisteca, com espessura mais alta). O modo de preparar cada corte requer um cuidado especial e as possibilidades de tempero passam pelos mais suaves até os mais marcantes.
Para quase todos os cortes bovinos existe o correspondente no cordeiro, o que difere é o tamanho, menor no segundo. “O cordeiro é o carneiro mais jovem, equivalente ao novilho bovino. Por este fato, a carne é mais macia e suave”, afirma Tarcisio Bartmeyer, consultor técnico da Cooperativa Castrolanda da região de Castro, no interior do Paraná, que está empenhada em uma campanha para disseminar outros cortes de cordeiro.
Assim como a carne bovina, a ovina possui diferentes formas de preparo. Para peças mais delicadas, como o carré, o tempo de cocção é menor. O pernil e a paleta podem ficar horas no forno, como explica o chef Rodrigo Cavichiolo, do Duo Cuisine. No restaurante é servido o prato de pernil Hermes Fontes, ao molho de mix de cogumelos silvestres, acompanhado de polenta cremosa (R$ 47,90 para uma pessoa). “Há uma relação direta entre temperatura e o tempo de cocção. Para saber qual o tempo e a temperatura adequados, são necessários muitos testes”, diz. O ideal é comê-lo ao ponto. Se passar muito, ele fica seco e duro.
O chef Dirceu Félix, professor da Escola Centro Europeu, acrescenta ainda que peças maiores, como o pernil e a paleta, devem ser assadas até desmanchar, enquanto as outras ficam melhor grelhadas, até dourar. O tempero é simples: sal grosso e pimenta-do-reino. “Para que o corte ganhe sabor, é necessário fazer vários furos com uma faca pequena ou com o próprio dedo e colocar o sal e a pimenta nestes furos. A carne grelhada ainda pede um molho para acompanhar, algo que seja mais rústico, como o roti”, orienta.
Tempero
No quesito tempero, os ingredientes devem casar com o sabor mais adocicado da carne e agregar características. O contraste também é bem-vindo. O chef Dirceu ensina que é possível fazer uma marinada (alho, cebola, salsão, hortelã, sal, cenoura, óleo e vinagre) para dar mais tempero. A regra é deixar para cada quilo de carne uma hora na marinada.
Alecrim e hortelã são as sugestões do chef Jefferson Fonseca, do Espaço Gourmet Escola de Gastronomia. Esses dois ingredientes são mais fortes e fazem oposição ao sabor da carne. Já o chef Marco Araújo, do restaurante Vindouro, prefere tomilho, sal e pimenta. “Estes temperos são mais suaves e não chamam tanto a atenção”, diz. No restaurante ele serve as costelas de cordeiro com vagem ao bacon, tomilho e batatas salteadas (R$ 59, serve uma pessoa).
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Onde Comprar
KF Carnes. Rua Guaianazes, 15, Vila Izabel – (41) 3342-4581. Vende por quilo: o pernil e paleta com osso por R$ 29,90; costela R$ 23,90; T-Bone R$ 32,90; carré francês R$ 69,90.
Casa de carnes Pé de Boi. Mercado Municipal de Curitiba Box 2/3 – Av. Sete de Setembro, 1.865, Centro – (41) 3264-4890. Vende por quilo: o pernil e paleta com osso R$ 25,90; costela R$ 16,90; T-Bone R$ 27,90; picanha R$ 45; carré francês R$ 55.
Supermercado Festval. Manoel Ribas, 1.396, Mercês. (41) 3336-8442. Preço por quilo e com osso: pernil e paleta R$ 29,85; costela R$ 13,65.
Serviço
Duo Cuisine. Rua Desembargador Costa Carvalho, 151, Batel – (41) 3244-2574.
Espaço Gourmet Escola de Gastronomia. Alameda Prudente de Moraes, 129 fundos, Mercês – (41) 3019-0437.
Escola Centro Europeu. Alameda Princesa Izabel, 1.427, Bigorrilho – (41) 3339-6669.
Cooperativa Castrolanda. Praça dos Imigrantes 3, Colônia Castrolanda, Castro (PR) – (42) 3234-8000.
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