Há muita confusão quando se fala de cervejas Pilseners. Leves, loiras e refrescantes, elas são muito agradáveis e ideais para dias quentes, como os do verão. Mas suas qualidades vão além disso.
Historicamente, esse estilo é um divisor de águas no mundo da bebida, dando origem a uma nova forma de se fazer e apreciar cerveja. Mesmo assim, hoje elas sofrem até um certo preconceito, já que muitas vezes são erroneamente confundidas com as cervejas comerciais, ou seja, as American Lagers.
O estilo Pilsener leva esse nome porque surgiu na cidade de Pilsen, na região da Boêmia, na República Checa, pelas mãos do mestre cervejeiro alemão Josef Groll em 1842. De baixa fermentação, foi a primeira cerveja clara e translúcida – dentro do possível para a época –, o que a tornou um grande sucesso.
Até os copos mudaram depois disso, deixando de lado o metal e a cerâmica para usar materiais transparentes, como o vidro, afim de mostrar o líquido cristalino. Logo, outros países e cervejarias começaram também a produzir esse e outros estilos semelhantes ou, pelo menos, igualmente claros e límpidos.
Pode se dizer que as American Lagers são uma derivação das Pilseners, pois aproveitam técnicas comuns e quando se popularizam – nos Estados Unidos após a Lei Seca, que durou de 1920 a 1933 –, tomam as Pilseners como referência. No entanto, são cervejas menos amargas e com menos corpo, pois costumam usar cereais não maltados na receita, como arroz e milho.
O estilo é divido em dois principais representantes: Bohemian Pilsener, de origem Checa e com sabor mais maltado, lembrando panificação e cereais; e German Pilsener – ou simplesmente Pils –, de influência alemã e mais ligado ao lúpulo, sendo mais amargo e aromático.
* Os preços são apenas para referência e são baseados nas indicações das cervejarias, distribuidoras e importadoras.
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