O que pouco se sabe é que o país produz uma ampla variedade de opções, que vão além da conhecida uva pinotage. Não há como negar que a casta seja marca registrada dos sul-africanos, tamanha sua difusão e aceitação estrangeira. Porém, o sommelier André Seixas garante que outras variedades fazem bebidas ainda melhores e mais equilibradas. “A pinotage é o cruzamento de duas uvas diferentes: a pinot noir e a cinsault. Mas são vinhos mais simples. Outras uvas produzem bebidas ainda mais complexas”, diz.
A preferida de Seixas é a shiraz. “Os vinhos produzidos a partir delas são mais complexos, com taninos mais marcantes e bastante corpo. Uma bebida mais forte”, destaca. Outro sommelier, Saulo Trevisan, destaca a boa produção de cabernet sauvignon. “São vinhos mais leves, de corpo médio e bastante frutados. Muito interessante para quem prefere bebidas menos intensas, sobretudo os rótulos sauvignon blanc”, diz.
A produção sul-africana também é rica em uvas como chenin e chardonnay. “São vinhos que seguem uma linha parecida com os pinotage, com aromas frutados e corpo entre leve e médio. Valem à pena pelo custo-benefício. O preço no Brasil fica entre R$ 30 e R$ 50. Um shiraz não sai por menos de R$ 40”, diz Seixas.
De olho no expertise de um país-produtor que está entre os 10 maiores do mundo há uma década, a Embrapa enviou para a África do Sul técnicos para conhecer o processo de produção por lá. A expectativa dos brasileiros é conhecer os métodos daquele país, que tem características climáticas semelhantes à boa parte do nosso território.
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