Nada como festejar o final do ano e a virada do calendário com champagne. É a bebida das celebrações por excelência, com suas finas, esfuziantes e persistentes borbulhas. Seus sabores refinados, intensos e leves, estimulam sem pesar. São verdadeiros tônicos revigorantes, vinhos distintos e charmosos, que combinam como poucas bebidas uma decadente cremosidade com uma vivacidade e pujança invulgares.
Por isso elegi o tema para essa nossa última conversa de 2011. Como temos ainda a seção da degustação, resolvi desta vez fundir as duas matérias. Degustamos, como de costume, às cegas, 11 rótulos dos melhores champagnes brancos e secos (brut) disponíveis no mercado. Como todos passaram no teste com elogios, ao invés de eleger os habituais seis vinhos, indico aos leitores esses 11 belos rótulos, descritos nas notas de degustação.
O champagne é elaborado com vinhos provenientes de três castas: Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier. As duas últimas são tintas, a primeira é branca. No caso dos champagnes brancos, as uvas tintas são vinificadas em branco, isto é, sem que a casca se rompa e tinja o mosto. Em geral as tintas dão o lado cremoso, e a Chardonnay aporta vivacidade e potência.
Bebo champagne o ano todo, mas agora, nessa época, são vinhos que exercem atração especial. A linha que provamos (brut branco não safrado) é a mais conhecida e acessível. São vinhos superiores e de grande categoria. Em geral são elaborados com lotes de vinhos de três safras seguidas, maior proporção para a safra mais nova do blend. Mas varia muito, em função do caráter das colheitas. Pode haver maior número de safras no lote, com outros vinhos de reserva mais velhos. Cada Maison produtora mantém um estilo próprio e bastante constante através do tempo. É uma questão do leitor eleger seus preferidos. A moda tem se voltado para o lado cítrico e mineral. Outro estilo, e particularmente meu preferido, é aquele onde o frutado lembra maçãs e as nuances de panificação e leveduras aparecem bem, remetendo a brioches e bolacha maizena. O frescor é essencial.
A prova de fim de ano, às cegas como de costume, ocorreu no Ernesto Ristorante, acompanhada pelo sommelier Marcos Fábio Carvalho. Vinhos na temperatura ideal de cerca de 10°C. Depois dos trabalhos, o inspirado chef Eduardo Sperandio serviu um excelente jantar, com ravióli de abóbora ao molho de queijo feta com nozes caramelizadas e evas frescas e mignon com funghi porcini e risoto cremoso de beterraba.
Champagne sempre está no topo da moda e simboliza a alegria e o sucesso. É o brinde que levanto aos leitores, com o desejo de muito e bom champagne pipocando em 2012!
DEGUSTAÇÃO ÀS CEGAS: CHAMPAGNES
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