Não parece haver muito segredo para se tomar um chope. Tampouco para tirá-lo da chopeira. É puxar a alavanca, grudar o bocal no vidro do copo um pouco deitado e, no fim, deixar o creme formar o colarinho. É mais ou menos assim quando vamos ao boteco e resolvemos prestar atenção no garçom que está demorando a chegar com o nosso.
A técnica é generalizada, de norte a sul do país, não importa a marca da bebida. A Heineken quer mudar um pouco o modelo utilizado no Brasil para a sua bebida. Na premiação de seus melhores bares chopeiros do Brasil, nesta quinta-feira, em São Paulo, a empresa aproveitou para lançar uma nova maneira de tirar o chopinho. Quer agregar o novo estilo à marca, reconhecida pela estrela vermelha e por todo uma preocupação estética que envolve o ato de beber.
Quem está do lado de traz do balcão garante que há diferença no sabor do chope tirado no novo método. Não me privei à comparação: tomei um, depois tomei o outro. Senti que da maneira nova a bebida é um pouco mais leve, menos amarga – o que é uma questão de gosto, já que o amargo da Heineken é o diferencial.
Mas se a diferença existe mesmo, ou apenas uma questão psicológica, logo o consumidor poderá experimentar e descobrir sozinho. O fato é que a Heineken criou alguns passos para garantir que, quando o chope chegar à mesa, se tenha certeza de que ele estará da melhor forma que poderia estar.
As regras são básicas, como um copo bem limpo, enxaguado e gelado. Tem também alguns incrementos do tipo não deixar o bico da chopeira encostar no copo (o que é bem higiênico) e a incorporação de uma espátula para cortar a espuma enquanto ela está transbordando. “São cinco passos que fazem parte de um ritual mundial. A espátula, por exemplo, é para manter o gás carbônico e deixar o chop mais fresco”, explica Bernardo Spillmann, gerente de Brand Experience e marcas Premium da Heineken Brasil.
No fim, vem a parte mais complicada, a apresentação: deixar o colarinho sempre na altura da estrela vermelha [a marca da empresa impressa no copo longo]. “Não se trata apenas de beber chope, é uma nova experiência.”
A maneira mundial da Heineken tirar e entregar seu chope à mesa do brasileiro deve começar logo, e as primeiras casas a receber as novas chopeiras (maiores e cobertas de gelo), os copos (com relevo em elipse no vidro para garantir a inclinação de 45 graus) deverão ser os 32 bares e restaurantes premiados no Clube dos Apreciadores do Chopp.
A festa é realizada anualmente e tem a participação exclusiva dos parceiros da cervejaria – aqueles bares que só vendem a marca, com exclusividade. Este ano foram 550 casas. A premiação tem mais de 10 anos, mas há quatro é concentrado em São Paulo. Reúne os proprietários de bares de todo país que se destacaram na avaliação da forma como que o chope é tirado, o tamanho ideal do colarinho, higiene do local, temperatura dos copos, condições de estocagem, visibilidade das marcas, limpeza e bom atendimento ao público. Mas também, por serem os principais vendedores da bebida que virou a aposta da cervejaria faz alguns anos.
Paranaenses são premiados
Nesta edição, três representantes do Paraná receberam o troféu de qualidade – uma placa e uma verba para usar em publicidade associada à marca. De Curitiba, o Zapata, que fica no Centro Cívico, e o Matriz e Filial, no Água Verde. De Cascavel, o Holligans.
* O jornalista viajou a convite da Heineken.
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