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O melhor espumante latino é o brasileiro
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“Sem dúvida alguma, o espumante brasileiro é o melhor da América Latina”. Esta afirmação foi feita pelo enólogo francês Michel Rolland, considerado um dos mais importantes e influentes do mundo, durante o evento da Miolo Wine Group, em São Paulo, no começo do mês.

Divulgação/Miolo

“Como a reformulação no processo de produção é recente, o Brasil sai na frente com o espumante por ter um tempo menor de maturação em relação ao tinto. O país possui o melhor terroir se compararmos com os vizinhos”, afirmou Rolland. Sobre os tintos, diz que a falta de tradição na vitivinicultura é um dos motivos de o Brasil não ter grandes destaques mundiais. “É claro que os melhores estão na França e na Itália, pois possuem séculos de produção. Mas o Brasil caminha na direção certa.”

Cenário

Rolland presta consultoria para a Miolo desde 2002 e a exploração dos diversos terroirs do país é um dos focos do seu trabalho. A partir de pesquisas e experimentações com as muitas variedades de uva, foi possível descobrir regiões brasileiras que despontaram no cenário mundial na produção de vinhos e espumantes, como é o caso do Vale do São Francisco e da Campanha. Este último produz 80% dos rótulos do grupo.

Mais de 100 vinícolas de 12 países diferentes recebem a consultoria de Rolland. Ele é conhecido por mudar completamente a produção dos vinhos por onde passa. Na Miolo, colocou em prática o projeto de alterar o sistema de condução dos vinhedos aumentando a qualidade do produto.

A partir do novo sistema, a Miolo lançou 16 rótulos entre vinhos tintos, brancos e espumantes. Nos espumantes, os destaques da Miolo são o Terranova Brut Rosé, produzido no terroir do Vale do São Francisco na Bahia, o Bueno Cuvée Prestige 2009, da região da Campanha no Rio Grande do Sul, e o Miolo Millésime 2009, da Serra Gaúcha. Os outros destaques do evento ficaram com os tintos Sesmarias 2008, da região da Cam­­panha, e o Gran Lovara 2006, da Serra Gaúcha. O enólogo afirma que a safra de tintos deste ano é a melhor já produzida. “A de 2005 até então era a de maior impacto, mas a de 2011 está fantástica”, afirma Rolland.

Para conseguir este título foram necessários alguns investimentos. “O papel do Michel Rolland foi fundamental para orientar o caminho. Fizemos nesses últimos 10 anos um investimento de mais de R$ 100 milhões entre todos os projetos”, afirmou o diretor superintendente do grupo, Adriano Miolo.

*O repórter viajou a convite da Miolo Wine Group.

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