• Carregando...
O vinho perfeito
| Foto:

Enólogos e enófilos são unânimes em afirmar que o vinho perfeito depende de quem o está apreciando. “Como estamos falando de paladar, podemos dizer que o vinho ideal é aquele do qual você gosta”, afirma Fabio Carnielli, sommelier e professor do Espaço Gourmet Escola de Gastronomia. Po­­rém, segundo Daniel Dalla Valle, vice-presidente da Associação Bra­sileira de Enologia, um vinho é avaliado tecnicamente pelo olfato, visão e paladar, revelando se possui ou não defeitos.

A escolha do rótulo dependerá do nível de conhecimento do assunto de cada apreciador. Iniciar com vinhos mais leves, começando o processo de conhecimento dos próprios gostos, é importante. “Con­forme for se adaptando, novas experiências devem ser feitas com vinhos mais potentes”, diz Carnielli.

Alexandre Mazzo/GP

Visão

Nessa avaliação, o vinho será percebido em itens como limpidez, brilho, coloração. Por isso, não pode ser turvo e sua coloração deve estar adequada ao tipo de uva. Os vinhos brancos podem ir do tom esverdeado, amarelo palha, amarelo ao amarelo ouro. Já nos tintos pode-se encontrar vermelhos intensos com toques, como os violáceos, passando pelo rubi até o tom de telha, o que demonstra seu envelhecimento.

Olfato

O aroma irá revelar, por exemplo, se a bebida foi armazenada em barris de carvalho. Nos vinhos brancos isso pode resultar no aroma de baunilha. Para os tintos, pode revelar o buquet – ou seja, um vinho mais complexo, que foi resguardado em uma cave (adega subterrânea). Os espumantes que fermentaram dentro da garrafa podem ter aroma de croissant ou pão tostado.

Paladar

São as sensações táteis que as papilas gustativas da boca revelam sobre o vinho: doce, ácida, salgada ou amarga. Para estar em equilíbrio, nenhuma dessas sensações pode estar sobressaltada. Assim, um vinho doce deve ter uma certa acidez de fundo para dar suporte ao vinho.

Tanino

O tanino nos tintos é fundamental. Porém, se for muito tânico, com muita adstringência, será como comer uma banana verde. Por isso, os taninos devem ser macios e aveludados. “Se estiver muito rascante, deixe-o aberto por 30 minutos”, diz Carnielli. O contato com o ar o amaciará e o tornará mais agradável. Porém, essa exposição não é indicada para vinhos leves, pois pode deixar o vinho fraco e sem aromas.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]