À medida em que vai se conhecendo a tipicidade, também é possível se avaliar se as sensações são ou não de um determinado estilo”, explica o sommelier especializado em cervejas Daniel Wolff.
1) Após servir, o primeiro passo é a análise visual. É possível notar a variação de cores, como a espuma se forma, se o líquido é transparente ou opaco e até se há algumas partículas depositadas dentro da cerveja.
2) O passo seguinte é a chamada análise olfativa. Leva-se a taça ao nariz, procurando perceber os aromas que podem ser encontrados. Para liberá-los, gire o líquido na taça algumas vezes. Dependendo do estilo, nota-se uma grande variedade de aromas e combinações. Há os que lembram frutas, como banana ou frutas cítricas, até amadeirados ou de panificação. Com a prática, também dá para identificar quais advém de cada ingrediente da cerveja, como malte, lúpulo ou levedura. Essa é uma das características mais complexas de se avaliar.
3) Depois vem a análise gustativa. A cerveja deve ser bebida em goles generosos e espalhada por toda a boca, para aumentar a percepção. Conforme o estilo, é possível notar os gostos básicos, (como amargo, ácido, salgado e doce) além das sensações de boca (como quantidade de gás carbônico, viscosidade, corpo e aquecimento provocado por álcool). Ao contrário da degustação de vinho – na qual é possível se rejeitar o líquido – a cerveja deve ser engolida, pois a percepção no fundo da língua, as sensações e a duração do gosto também são importantes.
4) Por fim vale uma reflexão final e geral, explica Wolff, se a cerveja agradou ou não. “Faça uma análise do conjunto. Você beberia essa cerveja onde? Na beira da praia ou na piscina em um dia quente? Com que prato ficaria bem essa cerveja?”.
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