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Um mundo a ser descoberto
| Foto: Gazeta

O mapa-múndi, ferramenta tão usado pelas crianças para os estudos sobre geografia, é a base para compreender as possibilidades que têm iniciantes e iniciados na arte de apreciar um vinho. Afinal, as variações da Vitis vinifera – espécie de videira própria para a vinificação – se espalharam pelo mundo e encontraram um terroir (condições ideais) para se desenvolver.

“O terroir da França é o anfiteatro que mostra ao mundo a poesia líquida que é o vinho”, afirma Renato Frascino, enófilo desde 1977 e consultor de enogastronomia. Com ele concorda Jorge Ferlin, consultor de vinhos em Curitiba, quando afirma que a França continua sendo o berço do melhor vinho. “Quando pensamos em beber um gran­­de espumante é o Champagne, um grande vinho branco chardonnay ou tinto pinot noir, é da Borgogna. Um grande assemblagem é de Bourdeaux. E quando pensamos no melhor vinho de sobremesa, um sauterne, lembramos do Château D’Yquem.”

Dos vinhedos da França saíram as uvas sauvignon blanc para a Nova Zelândia e para o Chile. Da França para o Chile também a cabernet sauvignon e a carmenere. “O Chile é o grande terroir do mundo. Sua diversidade de clima e a formação de solo permitem um desenvolvimento magnífico das uvas e uma grande variedade de tipos de vinhos”, explica Frascino.

Do Velho para o Novo Mundo, o Brasil está na rota dos produtores de vinho, que vêm se destacando nos espumantes, mas também com as uvas merlot e chardonnay, no Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul. “O Brasil já é considerado o melhor produtor de espumante das Américas, melhor até que muitos europeus. Está também produzindo vinhos tintos de excelente qualidade, principalmente os de Santa Catarina, na região de São Joaquim e Caçador. É das regiões de Santa Catarina que sairão os melhores exemplares de vinhos tintos do Brasil. Sem dúvida é o terroir mais apropriado para essa produção”, afirma Ferlin.

Em crescimento

Marcelo ELias/Gazeta do Povo

Na América do Sul, a Argentina é uma das grandes produtoras, principalmente dos malbec, mas também está desenvolvendo o tempranillo. No Uruguai, estão os vinhos tannat. Na América do Norte, a Califórnia é a referência para a produção dos zinfandel e chardonnay.

Para Waldick Garret, conselheiro da Associação Brasileira de Sommelier – seção Paraná, a Espanha mantém a elegância dos vinhos europeus. “São equilibrados e oferecem uma excelente experiência. O ícone dessa região é a tempranillo.” Há, ainda, na rota dos vinhos os produzidos na Austrália, com a uva syrah; a África do Sul, com pinotage; e Portugal, com a touriga nacional.

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