Elaboradas com a adição de flores de pêssego, envelhecidas em barris de carvalho e até produzidas em mosteiros. Para seus apreciadores, as cervejas especiais provocam verdadeiras experiências gustativas. Uns dos provocadores desta nova cultura são os clubes de cerveja – grupos de compra que funcionam na base da assinatura. Com um preço pré-fixado, o comprador recebe em casa mensalmente rótulos selecionados por um (ou mais) especialista, além de material explicativo.
Recentemente, a loja curitibana Clube do Malte lançou o seu próprio programa, o Beer Pack, em um segmento ainda com poucas opções. São três pacotes de assinaturas. No mais completo deles, o Food Pack, o assinante recebe todo mês quatro rótulos, folders explicativos sobre cada uma das cervejas e um acompanhamento gourmet (um ingrediente ou um alimento) para a harmonização.
“A gente quer ensinar também e não só vender”, diz a sommelière e criadora do Club da Cerveja, Natasha Menéndez. “O Brasil hoje conta com mais de 700 rótulos e 150 microcervejarias, é um universo a ser explorado”, diz Cristiana Bratt, uma das sócias-fundadoras de outro grupo, o Clubeer.
Este novo nicho de mercado só se tornou possível graças a uma nova cultura de consumo de cervejas especiais. Natasha calcula que ela se intensificou nos últimos três anos. E o público é amplo. “Atendemos aos apaixonados por cerveja, aos curiosos, que querem conhecer mais rótulos, e às pessoas que buscam uma alternativa aos típicos presentes em datas comemorativas”, diz Cristiana.
O analista programador Kaio Saraiva é associado ao Clubeer há três meses. “Eu bebia as cervejas tradicionais, mas passei a buscar as especiais e caseiras”, conta. A principal vantagem de participar de um clube, afirma, é a comodidade. “Recebo cervejas selecionadas em casa”, diz. Ele conta que até agora gostou de todos os rótulos que experimentou. Saraiva fez a assinatura que dá direito a duas cervejas nacionais e duas importadas por mês.
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