O secretário estadual de segurança pública, Wagner Mesquita, anunciou na manhã desta terça-feira (27) a adoção de uma Lei Seca no Paraná. De acordo com a medida, está proibida a venda e consumo de bebidas alcoólicas das 8h às 18h de domingo (2), quando ocorre o primeiro turno das eleições deste ano.

Na semana passada, donos de bares e restaurantes enviaram um ofício à Secretaria de Segurança Pública do Paraná (SESP) na tentativa de flexibilização das regras. De acordo com a Abrasel Paraná, a proibição do consumo de álcool em locais públicos é pertinente, porém,  poderia ser permitido dentro de restaurantes. “Nós vamos tentar negociar com a SESP e o TRE para que o setor, já tão prejudicado pela pandemia, não seja penalizado mais uma vez”, diz Luciano Bartolomeu, diretor executivo da Abrasel no Paraná.

Bartolomeu afirma que a Abrasel estã em negociação com os órgãos responsáveis para se reunirem o quanto antes. “Domingo é o dia de maior faturamento para a maioria dos estabelecimentos e, além da comida, as bebidas fazem parte dos encontros das famílias. Não podemos abrir mão desse consumo que poderá derrubar o faturamento e as vendas”, pontua.

Para Igor Mazepa, proprietário do Barbaran, a Lei Seca é é uma medida desnecessária e retrógrada, que prejudica o segmento. “Se o indivíduo quer beber, ele dá um jeito de conseguir sua bebida”, opinou. Apesar do estabelecimento de Mazepa não ser impactado pela medida, ele se diz solidário aos colegas que abrem no almoço de domingo.

Decisão moderada

Durante a coletiva de imprensa, o secretário de Segurança Pública afirmou que as 10 horas de Lei Seca é uma medida moderada.  “Poderia até ser prolongada mas está sendo tomada de forma muito comedida. [...] Medida de bom senso, dentro de um limite de bom senso", completou.

Vale lembrar que a adoção de uma "Lei Seca" é facultativa e definida com autonomia por cada estado.