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“Em qualquer cidade, comer bem é uma questão de saber pedir e, principalmente, onde pedir”. Assim comecei com minha primeira coluna Bom Gourmet. Na ocasião escrevi sobre feijoada e dizia: como primeira sugestão nada melhor que o prato mais tradicional da mesa do brasileiro – a feijoada. Prato presente até mesmo em músicas, como “O mundo anda tão complicado”, do conjunto Legião Urbana.

Na coluna, Água na Boca, dava sugestões para o almoço do Dia dos Pais. Sugeri os restaurantes: Cascatinha, o War­sóvia, o Boulevard, o bufê Ilha do Mehl e o restaurante do Ho­­tel Bourbon. Na outra metade da página listava restaurantes de Curitiba com suas especialidades e endereços. Muitos deles fecharam, mas muitos novos apareceram.

Neste longo período, tenho certeza de que dei uma parcela de contribuição para a gastronomia curitibana. Afirmo com segurança, guardada as proporções, que hoje Curitiba não deixa nada à gastronomia do eixo Rio – São Paulo.

Vi surgir bons chefes. Acom­panhei seus trabalhos sempre com uma palavra de incentivo. Posso dizer, sem falsa modéstia, que a gastronomia de Curi­tiba pode ser analisada como antes e depois do Bom Gourmet.

Hoje é também com indicações de feijoadas que encerro a minha participação nesta página semanal.

Onde comer

A forma de servir varia. Tem restaurante que oferece o “pretinho” com todos os ingredientes – carne seca, paio, linguiça, orelha de porco, rabinho, bacon, entre outros – numa mesma cumbuca, como nas lanchonetes Karina, servida na quarta-feiras – custa R$ 14,50. Em cumbuca também é a feijoada oferecida aos sábados no restaurante Jacobina – custa R$ 18,50; no Arrumadinho Café e Bar – R$ 34,50 (para duas pessoas).

Bufês

Em outros restaurantes, as carnes ficam separadas. É feito em sistema de bufê e o cliente escolhe o que quer comer. Neste ca­­so, sempre em frente do vasilhame está a identificação do que é aquele acompanhamento. Assim é a tradicional feijoada de sábado, no restaurante do Senac – custa R$ 25.

Sábado, no almoço, também é dia de feijoada no Armazém Santo Antônio. Os ingredientes, rigorosamente selecionados, são dispostos em recipientes separados para que o cliente escolha, cada um deles, de acordo com seu paladar – custa R$ 29,90; o mesmo ocorre no Bar Curityba – R$ 32.

No Hotel Bourbon Curitiba Tower o prato mais brasileiro está, definitivamente, incorporado no bufê de sábado. Antes era oferecido somente no período de inverno. Por minha insistência ela tornou-se cativa neste dia da semana. Afinal, no Rio de Janeiro, faça frio ou faça calor, quarta-feira e sábado são dias de feijoada. O bufê, servido na 99 Braseerie, custa R$ 39 com direito ao caldinho de feijão e a esperta batida de limão. Para acompanhar, música ao vivo.

Boas indicações também ficam para as feijoadas dos hotéis Lancaster – R$ 34, Deville Rayon – R$ 36,90, Mabu Royal Premium – R$ 35, Sheraton Four Points – R$ 37, Slaviero Palace – R$ 28. Ao preço há o acréscimo de 10%.

Mas mesmo com os ingredientes, juntos ou separados, o feijão sempre é o soberano. Bom apetite.

* * *

Serviço

Lanchonete Karina – fone 3226-2790.

Restaurante Jacobina – Rua Almirante Tamandaré, 1.365 – fone 3016-6111.

Arrumadinho Café e Bar – Rua Mal.Deodor, 839 – fone 3323-7356; Trav. Jesuíno Marcondes, 165 – fone 3019-6913.

Bar Curityba – Al. Presidente Taunay, 444 – fone 3018-0444.

Armazém Santo Antônio – Rua Solimões, 344 – fone 3077-5505.

Restaurante Escola Senac – Rua André de Barros, 750 – fone 3219-4854.

Hotel Bourbon Curitiba Tower – Rua Cândido Lopes, 102 – fone 3221-4600.

Hotel Lancaster – Rua Voluntários da Pátria, 91 – fone 3301-8953.

Hotel Deville Rayon – Rua Visconde de Nacar, 1.424 – fone 2108-1100.

Mabu Royal Premium – Rua XV de Novembro, 830– fone 3219-6000.

Sheraton Four Points – Rua Sete de Setembro, 4.211 – fone 3340-4105.

Slaviero Palace – Rua Senador Alencar Guimarães, 50 – fone 3017-1000.

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