Já pensou em comer uma cabeça de alho crua, fatiada em cima do macarrão? Que tal então um sorvete de trufas de chocolate com alho de sobremesa? Pois essa é a nova moda nos Estados Unidos e na Europa e está chegando ao Brasil com força total. Mas, não é de qualquer alho que estamos falando. O ingrediente que está conquistando chefs do mundo inteiro é o alho negro.
De textura macia e sabor adocicado a iguaria vem causando frisson no circuito gourmet. “Trata-se de um produto com sabor defumado que traz toques de vinagre balsâmico, ameixa-preta e cogumelos. O mais surpreendente é que ele também é doce, lembra melaço e, claro, não tem o ardor do alho comum e não dá o famoso bafo de alho”, explica o chef Washington Silvera, professor dos cursos de gastronomia do Centro Europeu.
Conhecido na Ásia há décadas, o alho negro era até pouco tempo utilizado somente para fins medicinais, por ser um alimento rico em antioxidantes e ajudar no combate ao envelhecimento precoce. Isso até 2007, quando a iguaria caiu no gosto do renomado chef espanhol Ferran Adriá. “Ele conheceu o produto durante uma viagem ao Japão, adorou e começou a criar pratos com ele. Não demorou muito para restaurantes do mundo todo começarem a utilizá-lo também. No Brasil, o alho negro chegou em 2008 e hoje é até produzido por aqui”, conta Washington.
A pioneira na produção de alho negro no Brasil é a administradora Marisa Ono, de São Paulo. “O alho negro é um alho comum que passa por um processo especial de maturação que pode demorar até 40 dias. Nesse tempo ele fica em uma estufa com temperatura e umidade controladas. Não há aditivos. É somente esse processo que altera a cor, o sabor e o aroma. Depois de pronto, o alho dura até três meses na geladeira e pode ser congelado”, explica Marisa.
Diferentemente do alho comum, o negro é utilizado somente para finalizar pratos. “Ele não fica bom depois de cozido e é usado para dar um contraste à comida. Combina muito bem com porco, tomates, vegetais e frutos do mar. Também pode ser transformado em pasta, fatiado, picado ou usado inteiro, como parte da decoração. Como ele é muito versátil, no Japão é comum encontrá-lo até recoberto com chocolate”, diz a produtora.
Serviço:
O alho negro pode ser encomendado pelo e-mail marisaono@gmail.com. Custa R$ 22 (200 g , de 5 a 7 cabeças) e R$ 55 (500 g) mais o valor do envio.
Deve ser conservado sob refrigeração, em pote ou saco plástico bem fechado . Informações pelo site www.marisaono.com/alho_negro.
Deixe sua opinião