O olhar encantador e o sorriso maroto não deixam dúvidas: aquele que circula entre as mesas de um seleto grupo no restaurante Eau, no Grand Hyatt São Paulo, é o chef francês Yannick Alléno. Ele faz questão de cumprimentar a todos, após preparar um delicioso jantar que serviu como uma pequena amostra do trabalho que o tornou tão prestigiado em seu país.
Alléno é titular do restaurante Le Maurice, localizado no hotel-palácio de mesmo nome e considerado um dos locais mais requintados de Paris. É ali que reina a tradicional cozinha francesa palaciana assinada por Alléno, que lhe rendeu, em 2007, a terceira estrela do Guia Michelin, distinção máxima da gastronomia. Com 38 anos, o chef também lidera outro empreendimento, em conjunto com o hotel parisiense, o Le Dali, onde redesenha a culinária de seu país com contornos e matizes mais contemporâneos.
Foi um pouco do que cria em cada um de seus restaurantes que o chef francês mostrou, pela primeira vez, no Brasil, no mês passado.
Para isso, trouxe na bagagem alguns de seus ingredientes indispensáveis, como a marmelada de algas, que serve, segundo o chef, para equilibrar os pratos com seu iodo. Ele usa tanto em receitas doces quanto em salgadas. Outro ingrediente que veio na mala foi a galanga, uma erva asiática (da família do gengibre) que usou para fazer o sorbet. A sensação é de muito frescor.
Não há dúvida que Yannick Alléno encantou quem teve a sorte de ser servido por ele, mas o francês também ficou surpreendido com o que experimentou em terras brasileiras. Adorou jabuticaba e pitanga, mas foi a fruta nordestina sapoti que ele pediu para acrescentar na bagagem de volta. E sabe o que mais ele vai levar? A proposta de corte da costela da churrascaria Fogo de Chão, que o deixou maravilhado e com a idéia de aplicar a técnica em cordeiro. Para completar, não poderia deixar de levar na bagagem a brasileiríssima cachaça. Ele adorou a caipirinha.
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