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Decidir o que tomar em uma cafeteria pode parecer simples, mas não é. Os cardápios lembram menus de restaurantes, com opções que vão muito além do cafezinho puro, o mais pedido em bares e padarias até pouco tempo. Tomado fora de casa passou a ser sinônimo de café expresso. “O brasileiro aprendeu a tomar expresso de cinco ou seis anos para cá. Até então preferia o café coado. A aceitação maior fez com que aumentassem as variações da bebida”, diz Bete Cadaval, barista e proprietária do Doce Morena Cafés Especiais.

As variações são tantas que existe um profissional responsável por criar novas combinações e cuidar da qualidade da bebida: o barista. “No Brasil, começou a ter campeonatos de barismo em 2003. Essas disputas fazem com que muitas outras receitas sejam testadas.”

Das bebidas, as mais populares por aqui são o expresso puro, com mais ou menos leite, e o cappuccino. Em países da Europa e nos Estados Unidos, os drinques de café são mais pedidos. “É uma questão de costume. Mas a tendência é que, com o tempo, cada vez mais sirvam-se cafés de qualidade e combinações diferentes, porque tudo fica bom com eles”, afirma Bete.

Escolhida a bebida, ainda há a opção de acompanhamentos que podem aromatizar e enriquecer o sabor. “O que combina bastante é o chocolate, a baunilha, creme de avelã, amêndoa, macadâmia, coco e até menta”, explica Simoni Yamaguti, barista e proprietária do Exprèx Caffè. Tudo isso e mais o chantilly, que suaviza o sabor da bebida e é o complemento mais comum no Brasil.

Algumas casas ainda servem biscoitinhos e água para limpar o paladar antes de experimentar a bebida. “Quem é apreciador do grão e tem a opção de provar um café de qualidade geralmente não gosta muito desses acompanhamentos. Fica saboroso, claro, mas também mascara o sabor do grão”, afirma Simoni.

Outra tendência recente são mexedores feitos de chocolate em barra ou canela em rama, que saborizam suavemente. “Para o café puro esses aromatizantes não são muito indicados. Geralmente são servidos quando é para complementar um receituário mais elaborado”, diz a barista. Os cardápios das cafeterias também oferecem opções frias, com álcool, e shakes, com sorvete.

Grãos especiais

Além da harmonização de ingredientes, o aumento na oferta de grãos mais bem selecionados ajudou a diversificar o mercado de cafés no Brasil. “Não foi o cafezinho que se sofisticou, mas a matéria-prima. Atualmente existe oferta de cafés que antes eram só exportados. Temos 18 tipos e é fácil perceber que um é diferente do outro”, diz Georgia Franco de Souza, barista e proprietária do Lucca Cafés Especiais.

Os chamados cafés especiais são selecionados e bem cuidados desde a colheita até a torra e a moagem. O processo permite que na bebida pura sejam notados sabores característicos da região onde os grãos foram colhidos, como o sul de Minas, norte do Paraná ou Espírito Santo. “É um mercado crescente. Quem prova, gosta e passa a pedir mais variedades”, afirma Georgia.

Serviço

Lucca Cafés Especiais: Al. Presidente Taunay, 40, Batel, Curitiba – (41) 3024-6950.

Doce Morena Cafés Especiais: Al. Dr. Carlos de Carvalho, 457, Centro, Curitiba – (41) 3018-8548.

Exprèx Caffè: Rua XV de Novembro, 784, loja 1, Curitiba – (41) 3014-9579.

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