Encravado no Centro Histórico de Curitiba, o restaurante São Francisco, fundado em 1955, é o único dos tempos idos que ocupa o mesmo endereço há 56 anos. Foi aberto pelo espanhol Secundino Muiños Suarez e continua lá, administrado por seu filho Valentim Muiños Vasquez — desde 1961 atrás do balcão do bar. Sua esposa, Antônia, pilota o fogão e dá tempero aos pratos.
O garçon Ervino Plucinik (conhecido por Alex, por causa de antigo craque de futebol, com quem se parecia fisicamente) está na casa desde 1968. Saiu por algum tempo, mas retornou, recebendo hoje a terceira geração de clientes. Depois do primeiro vieram seus filhos, e agora são os netos que frequentam o estabelecimento e saboreiam os mesmos quitutes.
Um exemplo é a rabada à moda da casa, preparada em panela de ferro e fogão a lenha. Quem gosta do prato costuma repeti-lo uma vez por semana e, se pudesse, comeria de joelhos, tal o deleite que sente em cada quinta-feira.
Aliás, como outros restaurantes curitibanos, além de variado cardápio com carnes, massas, o São Francisco obedece à rotina de repetir seus pratos seguindo os dias da semana: segunda-feira é dia de virado à paulista (R$ 14) e língua com ervilha (R$ 13); na terça reinam a dobradinha e a posta recheada (ambos a R$ 14); às quartas-feiras, os habitués do São Francisco podem saborear dois tipos de feijoada (a normal, R$ 29,90 e a magra R$ 31, para quem tem um olho na mesa e outro no colesterol).
Quinta-feira é o dia da rabada (R$ 14) – mas também há o leitão à brasileira (R$ 19) e o figado à portuguesa (R$14). Na sexta-feira, a costela ao forno (R$ 19) divide as preferências dos comensais com o mocotó (R$ 15) e puchero (cozido espanhol a R$ 19).
E no sábado tem a superfeijoada, que aliás, como nas quartas-feiras, é um dos pratos mais pedidos, juntamente com a alcatra completa (R$ 40), que serve (e muito bem) duas ou até três pessoas.
Dos pratos citados, e outros mais do cardápio, quase todos são servidos, também, em meia-porção.
Por suas raízes, o São Francisco não podia deixar de oferecer a melhor (é o que dizem os gourmands) paella da cidade. Prato típico espanhol, preparado em recipiente especial, mistura arroz, legumes, peixes e crustáceos. Apesar de constar do cardápio, não se pode chegar lá e saboreá-la — deve ser encomendada. O restaurante atende por dia a pedidos de pelo menos seis porções (a R$ 30 por pessoa) e pode ser enviada a domicílio (taxa de entrega de acordo com o tamanho do recipiente).
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Serviço:
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