Em uma área mais residencial da Rua Saldanha Marinho, no Centro de Curitiba, um pequeno bar de esquina com a Visconde do Rio Branco nos remete ao astral de antigos botecos paulistas e cariocas das décadas de 40 e 50. Aberto em 2002, e comprado em 2004 por Carlos Guimarães e Dionísio Beckhauser, se consolidou e conquistou clientela fiel.
Instalado em uma área de 120 metros quadrados, o bar serve petiscos e chope. O carro-chefe é o prato de costelinha. São 12 ripas de costela de porco (assadas e depois grelhadas), distribuídas sobre fatias de pão preto. A porção custa R$ 26. Meia porção sai por R$ 16. “Esse é um clássico da casa. E um chopinho para acompanhar”, recomenda Guimarães. Também no topo da preferência dos clientes estão o pão com bife de alcatra, diretamente dos estádios de futebol (R$ 8 cada); e “o” bolinho de bacalhau, sem disfarces (R$ 6 cada).
Além do chope e outras bebidas tradicionais, a casa oferece mais de cinquenta rótulos de cachaças de Minas Gerais, da Bahia e do Paraná. No ano passado, o bar lançou a cachaça com seu nome, produzida no interior de Minas Gerais, na região de Salinas. As 140 primeiras unidades foram rapidamente vendidas e outras dez fazem parte da decoração do bar. Uma nova remessa foi encomendada e estará à venda no bar em breve.
O simpático boteco tem capacidade para 60 pessoas e é divido em três ambientes: salão do balcão, sala Felício Trevisan (nome do falecido dono da verduraria que nesse espaço funcionava) e mezanino. O Distinto é decorado do chão ao teto – inclusive dentro dos banheiros – com objetos antigos, como instrumentos musicais, utensílios domésticos, exemplares de vinil, peças publicitárias e raros recortes de jornais. A maioria adquirida em antiquários e doada por clientes.
A trilha sonora complementa essa viagem no tempo, que começa assim que pisamos da calçada da rua para dentro do bar. Nas caixas de som, clássicos do choro e samba de raiz de grandes compositores e intérpretes, como Cartola, Adoniran Barbosa, Pixinguinha e Noel Rosa. Todos em volume adequado para um bom bate-papo. Nas terças-feiras, a partir das 19 horas, quem faz a trilha sonora ao vivo é o Ney (violão e voz). Não tem cobrança de couvert artístico.
Apesar do clima de saudosismo, o público é bem diversificado e a clientela é fiel. “Temos muitos clientes quarentões, mas muitos jovens também. A maioria é de homens, mas também aparecem as namoradas ou grupos só de mulheres”, conta Guimarães. O Distinto não é um bar de balada. Antes das duas horas da madrugada costuma estar fechado. É um local para encontrar os amigos, tomar um chope, comer um petisco e jogar conversa fora. “É um lugar para se sentir bem. A ideia é mesmo trazer o astral de botecos de bons tempos, assim como boa comida e música”, diz.
Serviço
Ao Distinto Cavalheiro. Rua Saldanha Marinho, 894, esquina com Visconde do Rio Branco. Fone: (41) 3019-4771. De segunda a sexta, das 17h30 até o último cliente, e sábados, das 12 horas até o último cliente. Não abre aos domingos. Estacionamento conveniado.
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