Portugal é famoso por seus doces conventuais – feitos em conventos e mosteiros – à base de gemas, pois as claras eram usadas para a confecção de hóstias. Muitos levam nomes de santos ou fazem referências a figuras sacras: Papos de Anjo, Orelhas-de-Abade, Toucinho do Céu, Bolo de São Martinho e Pastel de Belém. Mas um deles chama a atenção pelo nome curioso e inusitado: Baba de Camelo.
O doce parece um creme, de textura muito leve, aerada, lembrando um mousse. A chef do Limoeiro, Vania Krekniski Maciel, que aprendeu a fazer o doce em Portugal, conta que ele é tido como rápido e fácil – como o nosso brigadeiro. Leva ovos, doce de leite e creme de leite fresco. “Primeiro as gemas são batidas com o doce de leite, depois bate-se só o creme de leite para encorpar e, em seguida, as claras até o ponto de neve. E por último, a mistura dos três passos, que é feita à mão, para garantir a leveza característica da sobremesa.”
No restaurante, a chef acrescentou bolacha picada, tipo maisena, no fundo e no topo da taça, o que suavizou o açúcar da sobremesa, que custa R$ 5,90 (a taça).
Vania conta que o primeiro contato da chef com a receita foi em um restaurante de Lisboa. “Estava jantando em um local muito pequeno e o dono do lugar sugeriu que eu provasse a sobremesa. Gostei tanto que o incluí no cardápio e hoje é um sucesso.”
A origem do doce não é certa. Uma das versões é a de que uma senhora receberia visitas e inventou o mousse com os ingredientes que tinha em casa. O nome foi dado para chamar a atenção dos convidados.
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