A cozinha norte-americana tem muita influência do México e o wrap, que significa enrolado em inglês, é uma dessas tendências. Derivado dos burritos, é uma espécie de sanduíche, enrolado com pão-folha e recheios variados. Na Califórnia, onde foi popularizado, ingredientes mais pesados, como chili e feijão, são os preferidos. No Brasil, o wrap ficou conhecido quando agregado a cardápios de redes de fast food, como McDonald’s e Giraffas. Porém, oferecido como opção de comida mais saudável, ganhou recheios de salada.
“A ideia foi pegar o conceito dos Estados Unidos e transformar em prato leve, com recheios bacanas e apelo de chef”, afirma a chef Carole Crema, consultora do Restaurante Wraps, de São Paulo, que lançou a versão light no mercado brasileiro. O pão folha, que serve de base, é uma massa muito fina e pede técnicas de profissional para ser preparada. Mas ela pode ser, tranquilamente, substituída por tortilla mexicana, de trigo ou milho, encontrada com facilidade nos supermercados, segundo a chef. “Não aconselho fazer essa massa em casa, porque é muito difícil obter o resultado, a não ser que seja um cozinheiro muito experiente.”
Os recheios são os mesmos de uma salada, acrescidos de uma proteína. Para wrap frio, são indicados ingredientes mais leves: embutidos de frango e peru e queijos magros (cream cheese, cottage, ricota e mussarela de búfala). Eles são enrolados com folhas verdes, que ajudam a enrolar e a não desmanchar o wrap. O chef Flávio Frenkel, da Anis Gastronomia, de Curitiba, sugere a alface americana, por causa da crocância.
Ele também indica folhas para substituir a massa: acelga, couve e de arroz (encontrada em casas de produtos orientais). “O wrap é universal. Cada povo utiliza sua massa, seus ingredientes, mas a mesma ideia de enrolar. É a forma como o tailandês come salada. O sushi nada mais é do que um wrap. No Brasil, aparece na forma de tapioca, recheada com manteiga de garrafa”, afirma Frenkel.
Para degustar quente, troque as folhas verdes por verduras cozidas e finalize no forno. O wrap também pode ser sobremesa, diz Carole. “Por ser uma massa muito fina, não tem um sabor forte que interfira no doce”. Para rechear, ela indica creme de avelã com uma fruta, como morango, doce de leite com cream cheese e queijo com goiabada.
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