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Desde o início do ano, a Amazônia já teve mais de 4,1 milhões de hectares atingidos pelos incêndios.
Desde o início do ano, a Amazônia já teve mais de 4,1 milhões de hectares atingidos pelos incêndios.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O número de queimadas na Amazônia atingiu quase o dobro do esperado no mês de agosto, atingindo 2,5 milhões de hectares, segundo os dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ). A média histórica para área afetada pelo fogo no mês é 1,4 milhões de hectares.

De janeiro até o momento, já são mais de 4,1 milhões de hectares atingidos pelos incêndios. O monitoramento realizado pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, órgão ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou alta concentração de gases poluentes em uma região que se estendia da Amazônia ao Sul do Brasil e alcançando mais de dez estados. Os níveis dos rios na região já antecipam um quadro de seca extrema, que poderá se agravar ainda mais no mês de setembro, com a chegada do período mais critico de estiagem.

Na reunião extraordinária da sala de situação do governo federal, nesse domingo (25), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, informou que os incêndios na Amazônia, no Pantanal e Sudeste do país foram potencializados pela situação de extremo climático, mas também apresentam um movimento atípico que podem indicar uma ação criminosa de quem está ateando fogo propositadamente.

“Do mesmo jeito que nós tivemos o ‘dia do fogo’, há uma forte suspeita que isso esteja acontecendo de novo. No caso do Pantanal, a gente estava tendo ali a abertura de dez frentes de incêndios por semana. No caso da Amazônia, nós identificamos o mesmo fenômeno. E em São Paulo, não é natural, em hipótese alguma, que em poucos dias você tenha tantas frentes de incêndio envolvendo concomitantemente vários municípios”, afirmou.

O evento citado pela ministra, retoma o ano de 2019, quando, no mês de agosto, entre os dias 10 e 11, foram detectados pelo Inpe 1.457 focos de calor no estado do Pará. Na época, o Ministério Público Federal denunciou a convocação de fazendeiros para uma ação orquestrada que colocaria fogo no bioma, em apoio ao desmonte das políticas ambientais.

"A floresta está em chamas como nunca antes. Nossas cidades estão tomadas pela fumaça. Recordes de queimadas. E imaginem se fosse no governo Bolsonaro", escreveu a senadora Damares Alves (Republicanos-DF).

PF abre inquéritos para apurar incêndios

Em meio a alta de queimadas pelo país, a Polícia Federal abriu 31 inquéritos para investigar suspeitas de incêndios criminosos no país.

Ao todo, 29 inquéritos são sobre ocorrências na Amazônia e no Pantanal. Outras duas investigações envolvem São Paulo, que tem 48 municípios em alerta máximo de queimadas.

Duas pessoas foram presas neste fim de semana por atear fogo em áreas de mata de Batatais e São José do Rio Preto. O estado concentrou, entre sexta e sábado, mais de 30% dos focos de calor do Brasil, com quase 2.200 registros. *Com informações da Agência Brasil

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