O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), se encontrou com o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Rafael Vitale, nesta quinta-feira (9). No encontro foram discutidas sugestões para melhorar a logística do transporte dos donativos para o Rio Grande do Sul, que quando levados por via terrestre obrigatoriamente passam pelo território catarinense.
“Santa Catarina é o único estado brasileiro que faz divisa com os irmãos gaúchos, portanto, é fundamental estarmos alinhados para que a ajuda chegue de forma rápida e organizada. Fomos o primeiro estado a enviar ajuda com as nossas forças de segurança e vamos seguir apoiando até quando nossos vizinhos precisarem”, reforçou Mello.
No início da semana o governador catarinense postou vídeos nas redes sociais rebatendo as informações da própria ANTT de que não estavam ocorrendo bloqueios e autuações nos caminhões carregados de doações para as vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul. Posteriormente, o diretor-geral da agência admitiu que foram aplicadas multas, mas que estas serão canceladas.
“Vim aqui me reunir com o governador Jorginho Mello para estreitar as relações entre a ANTT e o governo de Santa Catarina. Todas as doações vão passar por Santa Catarina para chegar ao Rio Grande do Sul, por isso é muito importante que as equipes estejam conectadas e alinhadas nas ações. Depois da portaria que publicamos, as coisas têm rodado mais fácil e os donativos estão chegando de maneira mais expressa”, disse Rafael Vitale.
Autuações e notificações de veículos com donativos foram comuns, alertou advogado
Até que a ANTT publicasse a portaria citada por Vitale, os casos de fiscalização, notificação e autuação de veículos carregados com ajuda humanitária de todas as regiões do Brasil rumo ao Rio Grande do Sul foram comuns por dias. À Gazeta do Povo, o sócio fundador do Silveira Torquato Advogados, Isidro Silveira, refutou tratar-se de fake news as dificuldades relatadas por caminhoneiros nas redes sociais.
“Somente no dia 7, na edição extra do Diário Oficial, que o governo federal publicou um decreto explicando como seria e quais documentos eram necessários, o que seria necessário para as cargas transitarem. Isso foi no fim do dia. Eu estava com problema [dos clientes e de atendimentos voluntários] no sábado, no domingo, na segunda. As empresas querendo doar e estavam no escuro”, disse
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