A BR-101, uma das principais rodovias do Brasil, lidera o ranking de acidentes nas estradas federais do país. Entre novembro de 2023 e outubro de 2024, foram registrados 12.654 acidentes na rodovia, representando 17,4% do total de ocorrências nas estradas federais no período.
Os números foram apresentados no Guia CNT de Segurança nas Rodovias Brasileiras 2025, lançado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). A BR-101 concentra um grande número de colisões, que são o tipo de acidente mais comum no Brasil. Problemas estruturais, como deficiências no pavimento, sinalização e geometria da via, agravam a situação, exigindo atenção redobrada dos condutores.
A BR-101 também figura entre as rodovias que mais registraram mortes no Nordeste brasileiro, com 328 acidentes no período, o que representa 17,1% do total do país. De acordo com o levantamento, trechos da rodovia, especialmente em estados como Pernambuco e Bahia, estão entre os mais perigosos para se trafegar.
Com mais de 4 mil quilômetros de extensão, a BR-101 tem início no Rio Grande do Norte e termina no Rio Grande do Sul, recebendo diferentes nomes pelas diversas regiões do país. Uma das estradas brasileiras mais extensas, a BR-101 passa por praticamente todo o litoral leste e por 12 estados brasileiros: cruza a Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, além dos estados onde a rodovia começa e onde termina.
Trecho em Santa Catarina é líder em número de acidentes
Entre os kms 200 e 210 da BR-101 está o local líder brasileiro em número de acidentes em rodovias em trechos de até 10 quilômetros. O percurso fica no município de São José, em Santa Catarina, e registrou 564 acidentes e 9 mortes entre novembro de 2023 e outubro de 2024.
Outros trechos da BR-101 que constam no ranking que requerem mais atenção e cuidado do condutor também estão localizados em Santa Catarina, além de Espírito Santo e Pernambuco.
Dez trechos rodoviários mais perigosos segundo o número de acidentes em 10 km:
- SC BR-101, km 200 ao km 210: 564 acidentes, 9 mortes
- SP BR-116, km 220 ao km 230: 485 acidentes, 16 mortes
- SP BR-116, km 210 ao km 220: 402 acidentes, 12 mortes
- SC BR-101, km 210 ao km 220: 397 acidentes, 5 mortes
- MG BR-381, km 480 ao km 490: 329 acidentes, 14 mortes
- SC BR-101, km 130 ao km 140: 318 acidentes, 5 mortes
- RJ BR-116, km 170 ao km 180: 292 acidentes, 8 mortes
- RJ BR-116, km 180 ao km 190: 279 acidentes, 11 mortes
- ES BR-101, km 260 ao km 270: 272 acidentes, 5 mortes
- PE BR-101, km 60 ao km 70: 270 acidentes, 9 mortes
Pesquisa CNT de Rodovias traz detalhes sobre a BR-101
Além do Guia CNT de Segurança nas Rodovias Brasileiras 2025, a CNT divulgou em novembro a edição de 2024 da Pesquisa CNT de Rodovias. O estudo avaliou 111.853 quilômetros de rodovias pavimentadas em todo o país, abrangendo tanto trechos sob gestão pública quanto concedida.
De acordo com o levantamento, apesar de a BR-101 se destacar pela relevância socioeconômica, sendo um dos principais corredores logísticos para o transporte de cargas e passageiros, a rodovia possui desafios significativos relacionados à infraestrutura. Há problemas de pavimentação, sinalização e geometria da via em diversos trechos. De maneira geral, os 3.752 quilômetros pesquisados da rodovia são classificados como “bons”, porém os problemas começam a aparecer em trechos específicos.
Trechos considerados “ótimos” somam 671 quilômetros, representando 17,9% do total; aqueles enquadrados como “bom” abrangem 1.588 quilômetros, ou 42,5%; enquanto “regular” corresponde a 1.018 quilômetros, o equivalente a 27,1%. Trechos classificados como “péssimos” abrangem 40 quilômetros, ou 1,1% da rodovia.
No estado geral, bem como nos critérios de pavimentação e geometria, a BR-101 foi classificada como condição boa. Entretanto, no quesito sinalização, a rodovia obteve a classificação “regular”, evidenciando a necessidade de melhorias para aumentar a segurança e a eficiência viária.
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