Próxima etapa será a retirada dos destroços do avião, que serão catalogados para ajudar na investigação da queda.| Foto: Isaac Fontana/EFE
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O corpo de bombeiros terminou no começo da noite deste sábado (10) a retirada dos corpos das 62 vítimas do voo da VoePass que caiu na cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo, na tarde de sexta (9). Destes, 50 já estão no Instituto Médico Legal central da capital paulista e os demais estão sendo encaminhados.

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A partir de agora, o corpo de bombeiros e o Instituto Nacional de Criminalística (INC) planejam como será a retirada dos destroços do avião, que serão catalogados para ajudar na investigação das causas que levaram à queda.

Segundo o boletim mais recente do governo estadual, que centralizou as divulgações do resgate, são 34 corpos masculinos e 28 femininos encaminhados para a identificação e liberação às famílias. Duas vítimas já foram identificadas até o momento, e outros 30 foram necropsiados e radiografados.

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De acordo com o porta-voz do corpo de bombeiros do estado, Michael Cristo, os corpos dos passageiros estavam em suas respectivas fileiras, nenhum chegou a ser ejetado do avião.

"Todos os corpos estão como estivessem sentados em seus respectivos assentos. Lógico que tem a dinâmica da queda, do movimento quando bate no solo, mas as vítimas estão dentro da aeronave", afirmou.

O governo paulista informou, ainda, que a unidade do IML atua com atendimento ininterrupto e exclusivo às vítimas do acidente. Famílias dos passageiros também estão sendo atendidas, e 17 foram ouvidas ao longo deste sábado (10) para obter informações e elementos que ajudem na identificação dos corpos.

O atendimento foi interrompido à noite e será retomado na manhã de domingo (11).

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Elas estão entre as 38 famílias que estão sendo atendidas pelo governo em um hotel da cidade, que teve acomodações reservadas para acolhê-las até o reconhecimento dos corpos. Segundo a VoePass, também foram reservados quartos de um hotel de Cascavel (PR), local de onde partiu o voo com destino ao Aeroporto Internacional de São Paulo em Guarulhos, para receber parentes das vítimas.

Um pouco mais cedo, o Comando da Aeronáutica informou que o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB) já abriu e começou a analisar os dados das duas caixas-pretas resgatadas do avião no local do acidente. A expectativa é de que um relatório preliminar seja divulgado em até 30 dias.

Ainda neste sábado (10), o Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu uma investigação para apurar as circunstâncias trabalhistas dos tripulantes do voo – dois pilotos e dois comissários. A promotoria pediu documentos à VoePass sobre os contratos de trabalho e informações às autoridades sobre a apuração das causas do acidente.

O avião era um ATR 72-500 que saiu de Cascavel às 11h58, com 18 minutos de atraso. O plano do voo, de cerca de 2 horas, se encerraria no aeroporto de Guarulhos. Informações preliminares dão conta de que às 13h21 o piloto parou de responder à torre de controle de tráfego aéreo. Um minuto depois a aeronave deixou de ser contactada pelo radar.

O avião estava a uma velocidade de apenas 48 km por hora em relação ao solo e caindo a uma taxa de quase quatro quilômetros por minuto. A queda ocorreu a 14 quilômetros do aeroporto internacional de Campinas (SP).

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