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Brasil fecha setembro com mais de 83 mil focos de incêndio
Se comparado com o mesmo período do ano passado, o mês de setembro de 2024 registrou um aumento de 78,7% no número de focos de incêndio| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

De acordo com dados do sistema BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta terça-feira (1), o Brasil fechou o mês de setembro com 83.157 focos de incêndio.

O Mato Grosso foi o estado com maior número de incêndios no mês, chegando a 19.964 ou 24% do total. Em segundo lugar aparece o estado do Pará, com 17.434 ou 21% do total do mês.

O Amazonas aparece em terceiro lugar com 6.879 focos de incêndio, o que corresponde a 8,3% do total.

O número de focos registrados em setembro foi o maior desde 2010, quando o país registrou 109.030 focos de incêndio.

Se comparado com o mesmo período do ano passado, o mês de setembro de 2024 registrou um aumento de 78,7% no número de focos de incêndio. Em setembro de 2023 foram registrados 46.498 pontos de fogo.

Geralmente, o mês de setembro costuma ser o período do ano em que são registrados os maiores índices de focos de incêndio. O número costuma se manter alto no mes de outubro.

Na segunda-feira (30), último dia do mês de setembro de 2024, o sistema do Inpe registrou 966 focos de incêndio.

Marina culpa governo anterior

Ao participar de um seminário do G20, que discutiu investimentos financeiros na conservação ambiental, nesta segunda, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que as ações tomadas pelo governo federal desde janeiro de 2023 evitaram um quadro ainda pior em relação à seca e às queimadas.

A ministra também responsabilizou o governo passado, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pelo agravamento da situação ambiental no país.

A Polícia Federal já abriu mais de 80 inquéritos para investigar casos de queimada criminosa.

“O desmatamento estava crescendo, quando o presidente Lula assumiu o governo, em 80%. Não só nós paramos essa ascendência, como conseguimos empurrá-lo para baixo. Não só na Amazônia como agora no Cerrado, onde o desmatamento está caindo há cinco meses”, afirmou a ministra.

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