O número de queimadas em setembro bateu um novo recorde desde 2010, com o registro de 79.499 focos de fogo no Brasil, conforme monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
No último ano, foram registrados no mesmo período cerca de 46.498 pontos de queimadas - o aumento foi de 71% em 2024.
O mês de setembro costuma ser um dos períodos com o maior pico de queimadas, que segue até o início das chuvas em outubro.
Desde o início deste ano, o Brasil acumula a maior quantidade de queimadas em 14 anos, com 206.550 focos, sendo 38,5% apenas em setembro.
Entre os estados com o maior número de queimadas aparecem São Paulo com 353 focos registrados em 24h, seguido do Pará (323), e Mato Grosso (286).
Além do recorde de incêndios, o país também enfrenta a pior estiagem em 44 anos, com uma seca histórica, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
Ações contra queimadas
Visando ampliar o combate às queimadas e aos focos de incêndio, o presidente Lula se reuniu com representantes dos Três Poderes para definir um cronograma de ações. Também houve um encontro do governo federal com alguns governadores.
Entre as ações do governo, consta a publicação de uma Medida Provisória (MP) que autoriza a liberação de R$ 514 milhões para o combate aos incêndios e à seca na Amazônia. A MP já está em vigor, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional no prazo de 60 dias.
O recurso foi liberado após o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizar o governo a emitir créditos extraordinários fora da meta fiscal até o final de 2024 para combater os incêndios que afetam a Amazônia e o Pantanal. Dessa forma, as despesas não vão impactar os balanços do governo.
A Polícia Federal abriu cerca de 85 inquéritos para investigar a origem das queimadas no Brasil desde o início do ano até quarta-feira (25).
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