Felício Filho afirma que a empresa adota as “melhores práticas internacionais” na segurança dos aviões.| Foto: divulgação/VoePass
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O presidente da VoePass, José Luiz Felício Filho, contestou nesta terça (13) as críticas e denúncias que vêm surgindo de funcionários e ex-funcionários sobre a qualidade da manutenção dos aviões da empresa. Desde que um voo da companhia caiu na última sexta (9), relatos têm surgido na mídia e nas redes sociais apontando falhas nos procedimentos e reparos das aeronaves.

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Em um vídeo de cerca de três minutos enviado à imprensa, Felício Filho afirma que é piloto há mais de 30 anos e defendeu a segurança dos passageiros. O executivo afirmou que a empresa adota as “melhores práticas internacionais”.

“Desde que assumi a presidência dessa empresa, em 2004, sempre construí uma base com diretrizes sólidas e sempre pautadas pelas melhores práticas internacionais para garantir a segurança operacional de todos”, disse na gravação.

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Felício Filho afirmou na gravação que a VoePass tem como “prioridade número um” a segurança da “vida dos passageiros e dos nossos tripulantes”. Ele ainda se solidarizou com os familiares dos 62 passageiros e tripulantes do voo que caiu em Vinhedo (SP) quando fazia a rota entre Cascavel (PR) e São paulo.

“Estou aqui para dizer que é momento de grande pesar para todos nós da família Voepass. Toda a equipe está voltada para garantir assistência irrestrita aos familiares das vítimas para que todos recebam apoio nesse momento”, pontuou.

Ele ainda afirmou que a empresa tem prestado apoio emocional aos familiares dos passageiros e que tem um grupo de psicólogos e médicos no centro de acolhimento montado em São Paulo, além de profissionais em outros centros do país.

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Desde o dia do acidente, relatos de falhas em sistemas e na própria estrutura do avião têm sido relatadas por funcionários e ex-funcionários. Uma delas aponta que o mesmo avião acidentado chegou a ficar quatro meses em manutenção após um “contato anormal com a pista” em outro voo.

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Outras aeronaves da VoePass também tiveram problemas relatados, como falhas nos sistemas anti-gelo das asas e no GPS, nas hélices e no trem de pouso, entre outras.

As causas do acidente da última sexta (9) ainda são investigadas, e técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) já começaram a analisar as informações de voz e de dados das duas caixas-pretas do avião, que foram abertas no último sábado (10) e tiveram todos os parâmetros extraídos na íntegra.