Na manhã desta quinta-feira (24), uma operação da Polícia Militar no Complexo de Israel, Zona Norte do Rio de Janeiro, resultou em um intenso tiroteio que interditou a Avenida Brasil, uma das principais vias da cidade, por mais de duas horas. O confronto deixou três mortos e três feridos, causando grande impacto na região.
Durante uma coletiva de imprensa, o governador Cláudio Castro se pronunciou sobre o incidente, classificando-o como um ato de "terrorismo", e não apenas um confronto.
“Tivemos uma reação muito desproporcional, inclusive a diversas ações que já foram feitas lá mesmo na Cidade Alta. Nos últimos meses, foram pelo menos 15 ações que não tiveram nada similar a isso. Foi um ato de terrorismo. Não dá pra classificar de outra forma”, disse após uma reunião com a cúpula da Segurança Pública no Rio, no Palácio Guanabara.
“A polícia estava de um lado e a ordem foi atirar nas pessoas que estavam do outro lado. Esses criminosos atiraram a ermo para acertar pessoas de bem que estavam indo trabalhar". "Terrorista que atira nas pessoas não ficará impune", afirmou o governador, reforçando a posição de que o governo estadual não tolerará ações desse tipo.
De acordo com o governador, a polícia estava perto de capturar o líder do Complexo de Israel, o traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, também conhecido como Peixão, chefe do TCP.
“Um dos ônibus sequer estava perto da operação. Foram os criminosos que fizeram isso. A inteligência fala que chegamos muito perto de um grande líder dessa facção e por isso decidiram atirar nas pessoas deliberadamente para dispersar a ação da polícia”, disse.
Castro também fez um apelo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pedindo mais apoio do Governo Federal para reforçar a segurança em capitais como Rio de Janeiro e São Paulo, que enfrentam altos índices de violência.
Operação na Avenida Brasil
A operação tinha como objetivo prender criminosos envolvidos em roubos de carros e cargas, mas a ação encontrou forte resistência dos traficantes locais, que incendiaram veículos e levantaram barricadas para dificultar o avanço da polícia. A situação gerou o fechamento temporário da Avenida Brasil e interrompeu serviços na região, como a suspensão de atividades em estações de trem da Supervia e alterações nos trajetos de ônibus.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram dezenas de pessoas abandonando seus veículos e ônibus para deitarem no chão e se protegerem dos tiros. Por volta das 8h30, a via foi reaberta, mas muitos motoristas decidiram ficar onde estavam por segurança.
A porta-voz da PM do Rio Janeiro, tenente-coronel Cláudia Moraes, disse à imprensa que "as tropas enfrentaram forte resistência dos criminosos e dificuldade de avanço no terreno por causa das valas que eles cavam". "Há relatos de que criminosos, na tentativa de fugir, saíram atirando e por isso houve a necessidade de interrupção do fluxo da Avenida Brasil e dos ramais da Supervia”, declarou a tenente.
Além dos impactos na mobilidade, escolas e unidades de saúde próximas ao Complexo de Israel também precisaram suspender suas atividades devido à insegurança gerada pelo confronto. A violência crescente reforça a urgência de medidas integradas para combater o crime organizado e melhorar a segurança pública na cidade.
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