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O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).| Foto: Rafael Campos/Governo do Estado do Rio de Janeiro.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), recriou nesta segunda-feira (27) a Secretaria de Segurança Pública. O órgão será comandado pelo delegado da Polícia Federal Victor Cesar Carvalho dos Santos. A pasta tinha sido extinta pelo ex-governador Wilson Witzel em 2019. Com a medida, o Rio se tornou o único estado a não ter uma pasta própria para a Segurança Pública.

“Determinei ao novo secretário de Segurança que apresente um plano para fortalecer ainda mais as polícias Civil e Militar e que a secretaria de Segurança tenha em sua estrutura uma Corregedoria-Geral Unificada. Seguiremos, de forma integrada, combatendo fortemente as máfias que atingem não só o Rio de Janeiro, mas o Brasil”, disse o governador.

Até recentemente, Santos era superintendente da Polícia Federal no Distrito Federal. Ele assumiu o posto em outubro de 2021 e foi exonerado pelo Ministério da Justiça em 10 de janeiro deste ano, dois dias após a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.

Delegado da Polícia Federal há mais de 20 anos, Santos atuou como coordenador operacional de grandes eventos, como a visita do Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude, no Rio, em 2013, e a conferência sobre o clima “Rio+20”, realizada em 2012.

Castro também trocou o comando da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), que será comandada por Renan Miguel Saad. Ele vai substituir Bruno Dubeux. Saad é procurador do estado há 30 anos, e já foi assessor jurídico chefe das Secretarias de estado de Planejamento e Controle, Fazenda e Desestatização. Em 2019, o procurador foi preso pela força-tarefa da Lava Jato no Rio por suspeita de recebimento de propina da Odebrecht para a expansão do metrô. Saad sempre negou os supostos crimes.

A denúncia contra ele foi rejeitada após a anulação de provas obtidas por meio de acordo de leniência pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na decisão, de maio deste ano, Toffoli apontou que a ação contra Saad na Justiça Federal fluminense, ao menos em parte, era baseada em planilhas e dados extraídos diretamente do sistema Drousys, utilizado pelo chamado “Departamento de Operações Estruturadas” da Odebrecht, responsável, em tese, pelos pagamentos de propina da empreiteira.

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