Deputados estaduais do Rio Grande do Sul apresentam representação criminal contra MTST por intolerância religiosa.| Foto: Ariel Pedone/Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul
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Um grupo de 20 deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS) apresentou, na quarta-feira (10), uma representação criminal contra o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) após uma publicação sobre Jesus. A audiência privada, liderada pela deputada estadual Eliana Bayer (Republicanos), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Liberdade Religiosa, ocorreu com o procurador-chefe do Ministério Público Federal da 4ª região, Felipe da Silva Müller.

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O motivo da representação foi uma postagem feita pelo MTST na rede social X (ex-Twitter) durante o feriado da última Sexta-feira Santa, na qual Jesus Cristo era retratado morto na cruz enquanto um soldado em pé fala aos soldados que estão ao seu lado: "bandido bom é bandido morto". A imagem e a mensagem rapidamente viralizaram, alcançando mais de 4 milhões de visualizações no início daquela tarde.

Os parlamentares argumentam que tal representação configura um ato de intolerância religiosa e incitação ao preconceito, o que é criminalizado pelo artigo 208 do Código Penal Brasileiro e pela Lei do Racismo (Lei 7.716/89), em seu artigo 20, parágrafo 2º. "Diante da clara ofensa e desrespeito à fé professada por milhões de brasileiros, que constituem 86% da população, imediatamente elaboramos uma representação criminal, solicitando a instauração de uma investigação e um inquérito por parte da Polícia Federal para identificar e responsabilizar os administradores desta conta nas redes sociais", disse a deputada Eliana Bayer.

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A representação foi assinada por um grupo de deputados de diferentes partidos, entre eles Republicanos, PL, Progressista, Novo, Podemos, PSDB, PSB e PRD. Confira o íntegra do documento.

MTST apaga post sobre Jesus e acusa oposição

O MTST, por sua vez, apagou a postagem do perfil no X e, em nota publicada na mesma plataforma, afirmou que a decisão foi tomada após reunião da coordenação nacional realizada no último dia 3. "A coordenação considera que a postagem foi inapropriada e por isso foi deletada de suas redes. Reafirmamos o respeito às religiões cristãs e o compromisso com a liberdade de manifestação religiosa. Repudiamos as lideranças Bolsonaro listas que tentaram fazer uso político da situação", disse em nota.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]